uma mercadoria como outra qualquer


No telejornal da SIC, dedicaram uma reportagem ao Kindle e aos livros electrónicos. Coincidência ou talvez não, o único entrevistado foi o Director de Marketing da Leya. Estando ligado à área comercial, é muito natural que encare os livros como mercadoria igual a tantas outras, objecto de lucro, de estratégias de venda, de estudos de mercado, de deves e haveres contabilísticos. E, antevendo os proventos que este novo nicho poderá trazer ao negócio, é a favor da edição electrónica. Mas ... e os outros? Os editores, escritores, livreiros, leitores, para quem os livros são muito mais do que matéria mercantil, não terão direito, se for esse o caso, a defender os livros de papel?

Chamem-me velho do Restelo, se quiserem, mas eu cá vou continuar a preferir o livro tradicional, objecto de culto "muito cá de casa". Se quiser piadinhas interactivas, e outras modernices visuais e auditivas, vou à net, vejo televisão, compro um DVD, brinco com o telemóvel.

Boa noite. Vou ler.

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