a aura do general


A reputação de Ramalho Eanes é a de um homem íntegro e eu não tenho razões para duvidar. No entanto, para mim um homem bom tem que ser mais do que isso. Tem que condenar, sobretudo se a sua voz é respeitada, políticas erradas mesmo que provenham do lado para o qual mais se inclina, a direita. Mas Ramalho Eanes não deixa de apoiar e elogiar Cavaco, mesmo que Cavaco tenha tantos rabos de palha em matéria de probidade. Mas Eanes continua a suportar Coelho, mesmo que Coelho persista numa política que se distingue, apenas, pelo agravamento das desigualdades, da pobreza, da fome, do desemprego. A isso, Eanes tenta culpar a troika, esquecendo-se de que Coelho, orgulhosamente, se gaba de ir mais longe do que a troika. Que parte das medidas de Coelho nem sequer constam do memorando de entendimento. Que Coelho trata a maioria dos portugueses como malandros, madraços, relapsos, atrasados mentais e por aqui me fico porque o desprezo que ele nutre por nós é por demais evidente. 

Não, um homem bom não é apenas honesto. Nem frontal. Nem corajoso. É também um homem que rejeita desigualdades e miséria, que condena a cobiça extrema, que abomina a caridade e defende a solidariedade, o humanismo, a justiça social.

Eanes não o faz. E, definitivamente, não se pode cavar na vinha e no bacelo. Ou se defende o povo ou o polvo.

Comentários

Anónimo disse…
Ele defende o POLVO POR ISSO FOI O HOMEM DE MÃO DA cia!!!!E,gosta.

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