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A mostrar mensagens de março 1, 2014

anda azedo, o azevedo

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Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos de Portugal, seguramente por obra e graça do seu génio empreendedor, deu sinais de vida. Falou e disse. Defecou sentenças. Arrotou postas de pescada. Segundo ele, e corroborando o amigo Coelho, os portugueses não vão voltar a receber os mesmos salários que auferiam em 2011 (contra ele fala, coitado, que em 2013 viu a sua colossal fortuna aumentar e os proventos dos seus concidadãos, que já eram em 2011 dos mais baixos da Europa, minguar ainda mais). Segundo ele, os portugueses só podem ambicionar melhores salários quando trabalharem o mesmo que os alemães, ou seja, três ou quatro vezes mais do que actualmente. Vamos lá ver se percebo. Os seus funcionários trabalham para aí umas 40 horas por semana. Quatro vezes mais, significa trabalharem 160 horas por semana, mais de 30 horas por dia sendo que o dia só tem 24. É esta a carga laboral dos alemães? Ou dar-se-á o caso dos alemães trabalharem tanto ou até menos horas do que nós, os cala

pobre povo, nação indigente

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http://www.deviantart.com/ O "i" trás sondagem, senhores, e que senhora sondagem! Não importa que roubos, que injúrias, que indignidades e malfeitorias, contra tudo e contra todos o PSD e o CDS vêem recair sobre si as boas intenções de voto de mais portugueses, daquelas intenções de que o inferno anda a abarrotar desde que a Eva catrapiscou Adão e o dianho nos faz comer não a maçã, mas o pão que ele próprio amassou. Basta de aranzel, passemos aos factos. E os factos são tristes: ou os genes lusos andam conspurcados pelo sémen de Leopold von Sacher-Masoch, o progenitor do sofrimento prazeiroso e, pelos vistos, dos nossos relhos avós, ou os peritos em sondagens não entrevistaram portugueses, mas sim os fiéis súbditos de Merkel lá pelas suas possessões da Baviera e da Vestefália profundas. Coisas do diacho. Que é quem nos guia.

a história não se repete?

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Onde está o sangue e a guelra dos portugueses? Matámos um rei e um presidente, fizemos greves, manifestações, comícios, revoluções. Mesmo durante a longa ditadura, houve quem tivesse resistido, quem se revoltasse, sofresse na pele e na carne a sua dedicação a uma causa, a um povo. E nós, onde estamos, por onde pairamos? Condenamos quem faz greve, porque nos transtorna o dia. Votamos em quem mal nos faz, porque não há alternativas. Ficamos em casa, porque as manifestações "não conduzem a nada". Consumimos notícias manipuladas e lixo de aparvalhar. Estamos reduzidos a peões de brega, se não a gado. O matadouro espera-nos. Ou estaremos mortos já? Funerais de D. Carlos e D. Luís Filipe em 1908, Joshua Benoliel/Arquivo Municipal de Lisboa Funeral de Sidónio Pais em 1908, Alberto Carlos Lima/Arquivo Municipal de Lisboa Comício Republicano em 1910, Joshua Benoliel/Arquivo Digital da Torre do Tombo Comício Republicano, Fundação Mário Soares Comício Rep

a nossa vil tristeza

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Por Baptista-Bastos http://www.dn.pt Aos poucos, mas com perseverante desígnio, têm-nos abolido o direito de perguntar. E a inflexibilidade das decisões ignora a vergonha, a decência e a própria noção dos valores republicanos. Aliás, esta súcia trepada ao poder é a mesma que apagou de comemorações a efeméride do 5 de Outubro; que ressuscita um morto moral, Miguel Relvas; e que pune um homem sério pelo "crime" de a ter enfrentado, António Capucho. A estratégia do embuste não poupa ninguém. Agora, até a Dr.ª Maria Luís Albuquerque repete a fórmula segundo a qual estamos melhor do que há dois anos. Di-lo sem corar nem hesitar. Ela, que parecia cordata no verbo, e recatada na preservação da identidade pessoal, entrou na dança do marketing do Governo. A maioria da população está empobrecida sem remissão; a esmola tornou-se característica oficial; o desemprego alastra como endemia; os ricos estão cada vez mais ricos, numa afronta que explica os dez por cento do produto

é por estas e por outras como estas que o carnaval tem que ser banido

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é carnaval e levamos a mal

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http://antero.wordpress.com/

isto agora é que vai lá

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É preciso repensar a Escola Pública para melhor a destruir? Crie-se um grupo de trabalho. Estudar a melhor maneira de nos ir ao bolso através de agravados impostos? Institua-se um grupo de trabalho. Aprofundar a problemática da escassez de gambozinos em Portugal? Nomeie-se um grupo de trabalho. Em dois anos e meio, o governo já criou 200 grupos de trabalho, à razão de quase 7 por mês. Isto vai lá. Um pouco mais de paciência e chegaremos ao fim do túnel. A luz já brilha lá ao fundo, muito ao fundo.

gangrenas e pontapés

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Alfredo Frias/http://expresso.sapo.pt/ Relvas voltou à política. De onde, de facto, nunca deve ter saído: dos bastidores, quantas mãozinhas terá dado a Passos, quantas perninhas terá feito no PSD, quantas conspiratas e negociatas terá engendrado pelos obscuros corredores do poder e do capital apátrida? Relvas continua a ser Relvas, produtor de factos, de pequenas e grandes insídias. Ao que parece, agora também deu para o tímido, não gosta de ser retratado para a posteridade. Um repórter fotográfico aproximou-se demais de Sua Senhoria Excelentíssima. Foi o suficiente para que um capanga de Relvas o tenha corrido a pontapé. Isto diz, a quem tem os alqueires bem medidos e QI quanto baste, o que são Relvas e o seu séquito. Uma espécie de ditadorzinho de República das Bananas rodeado de zelosos lambe-cus. Acham que exagero? Esperem pela próxima pancada, ou pontapé, tanto faz. Relvas é perigoso, Passos é perigoso. São fatais como uma doença maligna. Gangrenam Portugal. O v

este mapa está errado!

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O Le Monde Diplomatique publicou este mapa que mostra as percentagens eleitorais dos partidos neonazis nos diferentes países da Europa. No que se refere a Portugal, o mapa está errado. Erradíssimo. O PNR é uma coisa inexistente, é certo, mas os actuais PSD e CDS cumprem bem o papel destinado à extrema-direita. Só falta expulsar de cá os imigrantes, mas  é preciso disfarçar para que mais e mais portugueses continuem a cair na esparrela de lhes dar o voto e a benção, em nome da democracia. É na Áustria, terra natal de Adolfo Hitler, que a extrema-direita tem mais adeptos, bem como na Suíça. França, Finlândia, Holanda, Rússia, Letónia, Holanda, Ucrânia, Hungria e Grécia também estão no bom caminho. A Europa mete medo.

portugal, paraíso de milionários

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Ontem, num forum da TSF, disse por lá um desgraçado que os reformados que se andam a queixar, e sem razão, são os que recebem mais de 1.000 euros por mês, uma minoria de privilegiados no entender da criatura. O homúnculo, para quem Relvas, Arnault, Mexia, Catroga, Duarte Lima e tantos outros magnates da política e dos negócios são seguramente pobrezinhos, é um fervoroso seguidor da linha ideológica do governo, para quem um salário de 600 euros é uma fortuna e, claro, qualquer um que aufira para cima de 1.000 euros é milionário, só não sabe é que o é, ainda não percebeu que pode viver numa mansão de luxo em vez de habitar num andar onde o espaço escasseia, a humidade abunda e o senhorio lhe leva uma boa parte da riquíssima tença que lhe é generosamente atribuída por uma vida de trabalho (mas, acrescentava ele, não mais do que gente preguiçosa e chula, funcionários do Estado que nunca fizeram népia, polícias e militares que se limitaram a ler jornais durante as horas de serviço e

tristes dias em fevereiro

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Por Baptista-Bastos http://www.jornaldenegocios.pt/ O dr. Luís Montenegro, chefe da bancada parlamentar do PSD, expediu a seguinte frase: "A vida das pessoas não está melhor, mas não tenho dúvidas de que o País está melhor." É uma charada, mas o dr. Montenegro é useiro e vezeiro em adivinhas deste tipo. Não se conhece, deste distinto, uma frase acertada, uma proposição equilibrada, uma afirmação justa. O dr. Montenegro não é patronímico: é um espinoteante tolejo. Como dirigente parlamentar, fornece uma ideia pavorosa do partido que representa e do que o próprio partido representa. Um amigo meu, dizia-me, há semanas, que este PSD e, decorrentemente, o Governo, é um conglomerado de neuroses, cada vez mais acentuadas com o aproximar das eleições. Não sei se assim será, embora o meu amigo tenha a reputação de psiquiatra distinto. Mas a verdade é que as coisas, para aqueles lados, não são propriamente recomendáveis. Os desacertos multiplicam-se e, se Portugal vivesse

vem aí um novo terramoto!

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O de 1755 destruiu grande parte do património de então. Nos últimos 100 anos, pequenos sismos têm abalado Lisboa: palácios, salas de espectáculo, prédios que foram Prémios Valmor, todos têm desaparecido às mãos dos especuladores imobiliários e de edis sem amor à cidade ou, pior, apaixonados pela corrupção. O último sismo está prestes a atingir Lisboa: a abolição - gradual, dizem eles -, de grande parte da calçada portuguesa, a favor de um pavimento "mais cómodo" para os transeuntes. Se querem facilitar a vida a quem calcorreia Lisboa, há outras soluções: manter a calçada impecável, sem pedras soltas, usar calçado adequado e não autênticas "torres de Pisa" a fazer de calcantes, construir desníveis junto das passagens de peões para que pessoas em cadeiras de rodas possam circular à vontade. Isso sim, seria serviço público! Por mim, e se o Costa de que o povo gosta não recuar, já tenho o meu slogan pronto na ponta da língua: Vamos salvar a calçada, nem que