despedimentos, às dúzias são mais baratos
As medidas até agora ventiladas pela comunicação social, e que supostamente serão as exigidas pela troika com a subserviência deste e do próximo governo português, seja ele qual for a não ser que haja um milagre eleitoral, apontam todas num único sentido: espremer as classes média e baixa até ao tutano. É esta a prática neo-liberal que tomou de assalto o mundo ocidental desde a queda do muro de Berlim mas, com especial ferocidade, desde o 11 de Setembro de 2001.
Não sou dos que acreditam cegamente na teoria da conspiração que atribui ao governo norte-americano a responsabilidade pelo 11 de Setembro. Mas, que lhes deu jeito, lá isso deu.
Nunca o capitalismo se revelou tão selvagem, despótico e cruel. Nunca os países, como se vê por Portugal, foram tão vulneráveis a autênticos golpes de estado financeiros. Nunca tantos direitos sociais, adquiridos há dezenas de anos, estão a ser sonegados, as liberdades coarctadas, os governos transformados em simples mandaretes dos verdadeiros senhores do mundo.
FMI e Bruxelas de acordo em despedir rápido e barato
Diário de Notícias, 03/05/2011
Fundo e Comissão concordam que é preciso aliviar os custos financeiros e burocráticos com os despedimentos individuais.
Os despedimentos individuais podem e têm de ser mais fáceis em Portugal, concordam as equipas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia (CE) que estão em Lisboa a ultimar o plano de intervenção externa.
A troika acolhe as queixas dos patrões, reconhecendo que a liberalização daquele tipo de despedimento "é um passo importante para promover o crescimento e o emprego". O plano estará pronto entre amanhã e sexta-feira.
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