Casa de Salazar, Santa Comba Dão Ah!, como devem estar a esfregar as mãos de contentamento os deserdados de Abril, os saudosos de Salazar, os Rapazotes, Silva Pais, Tenreiros e seus tenros sucedâneos! Finalmente, um governo que lhes faz a vontade, que repõe tudo nos seus devidos lugares, que empobrece a maioria em prol de uma minoria, os Champalimaud, os Espírito Santo, os Mello de nova geração, tão sedentes de dinheiro e de poder como os seus antepassados. Não admira que Salazar esteja a voltar, em forma de vinho, chouriços e uma ou outra lágrima tudo menos furtiva. A sua prole ressuscita-o a cada dia que passa, o seu legado, a sua obra, o seu Portugal de província, pobrete mas alegrete, pobrezinho mas honrado, tão típico, tão terno, tão fadista. Os que se diziam apologistas da social-democracia e da popular democracia (que é, como é óbvio, o exacto oposto de democracia popular) mostram, agora, a sua verdadeira face de pró-fascistas. Não adianta disfarçar ou invocar a crise para le