a puta da caridade
Desculpem lá o palavreado, mas o caso não é para menos. Vivi a minha infância e adolescência entre a pobreza, sei o que isso é, conheço o significado exacto da palavra caridade, uma bucha, um caldo, um tostãozinho, e eis umas quantas consciências apaziguadas enquanto a miséria grassa, humilha, mata. O governo, pela mão do ministro Mota Soares, tentou baixar o subsídio de desemprego, no entender dessa gente uma esmola, no meu entender um direito. Enquanto isso, promove o desvio de dinheiros públicos para instituições de solidariedade social, anunciando com orgulho que as cantinas (a sopa dos pobres) vão crescer em todo o País, por diligência do seu ministério que, claro, não quer ninguém a passar fome. Embora não renegue a importância e o mérito dessas instituições, e as boas intenções e bom coração dos que nelas trabalham, não perdoo a Mota Soares nem ao seu chefe Coelho a vilania, mais esta entre tantas. Um país que se preze não deveria precisar de cantinas sociais, de ca