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A mostrar mensagens de outubro 21, 2012

a puta da caridade

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Desculpem lá o palavreado, mas o caso não é para menos. Vivi a minha infância e adolescência entre a pobreza, sei o que isso é, conheço o significado exacto da palavra caridade, uma bucha, um caldo, um tostãozinho, e eis umas quantas consciências apaziguadas enquanto a miséria grassa, humilha, mata. O governo, pela mão do ministro Mota Soares, tentou baixar o subsídio de desemprego, no entender dessa gente uma esmola, no meu entender um direito. Enquanto isso, promove o desvio de dinheiros públicos para instituições de solidariedade social, anunciando com orgulho que as cantinas (a sopa dos pobres) vão crescer em todo o País, por diligência do seu ministério que, claro, não quer ninguém a passar fome. Embora não renegue a importância e o mérito dessas instituições, e as boas intenções e bom coração dos que nelas trabalham, não perdoo a Mota Soares nem ao seu chefe Coelho a vilania, mais esta entre tantas. Um país que se preze não deveria precisar de cantinas sociais, de ca

um filme que não vai ter final feliz

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que se refunda!

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Muito se tem dito que é preciso rever o acordo com a troika. Ou renegociar, o vocábulo mais corrente. Mas Passos Coelho, o criativo da destruição de Portugal, inventou outro termo: refundar. O mesmo que disse que não era preciso nem mais tempo nem mais dinheiro, que sempre disse que íamos cumprir custasse o que custasse, mesmo que custasse empregos e empresas, vem agora dizer o mesmo que outros, muitos outros andam a dizer há muito. Ah! Mas com uma diferença: agora é para refundar. Que se refunda então. Ou Portugal afunda. Com um empurrão, entusiástico, do nosso bravo timoneiro. Imagem:  http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt

ainda não foi o natal e já estou desejoso de que o carnaval se acabe

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a publicidade enganosa não é punida por lei?

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Cá para mim, era assim: os partidos deviam ser obrigados, por lei, a respeitar os programas com que se apresentaram ao eleitorado. Ao não cumprir pelo menos a maior parte do seu programa, os respectivos governos seriam demitidos. Ludibriaram os eleitores, fizeram publicidade enganosa, atentaram contra a boa-fé dos que neles confiaram. Isto é a mesma coisa que propagandear os efeitos miraculosos da banha-da-cobra ou da pomada tigre. É aldrabice da pura, é um atentado contra os mais elementares princípios morais. Vejam-se estes excertos, escolhidos ao acaso e sem a preocupação sequer de procurar, exaustivamente, as mentiras mais flagrantes. São mais do que suficientes para provar que o PSD é um partido indigno de estar no poder, um bando de tratantes que deveria responder, criminalmente, pelos seus actos contra a maioria dos portugueses, das nossas instituições e tecido económico. PROGRAMA ELEITORAL DO PSD 2011 http://static.publico.pt/docs/politica/programaPSD.pdf

a cassete mudou de dono

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Noutros tempos, ficou famosa a acusação ao PCP de que dizia sempre a mesma coisa, que usava sempre a mesma cassete. Mas, pelos vistos, o PSD/CDS é que comprou uma cassete que, coitados, talvez tesos pela crise e pelas suas dádivas a obras de caridade (elas são tantas), não cessam de pôr a tocar. No Parlamento, nas televisões, por todo o lado, os dirigentes e deputados do PSD/CDS não largam a dita: que, se estão a fazer o que fazem, as atrocidades que praticam, é porque o PS deixou o país à beira da bancarrota e eles aqui estão, quais cristos redentores, para nos salvar. Que o PS é que assinou o memorando da troika, como se o PSD e o CDS, os inocentes sem sombra de pecado, não o tivessem assinado também, com o maior dos prazeres aliás, gabando-se depois de irem mais longe do que a troika no roubo aos portugueses. Por muitas culpas que o PS tenha, e tem, sejam honestos de uma vez por todas e ejectem a cassete que já enjoa de tanto a ouvir: quem, em grande parte, obrigou o PS a a

tal e qual como gaspar bate no povo português, com estilo e garra

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elogio aos ladrões

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Por Jorge Fiel http://www.jn.pt Se forem ao YouTube e pesquisarem "Did you know" encontram diferentes versões de um vídeo maravilhoso, recheado de dados reveladores do frenético ritmo dos tempos em que vivemos. Uma das coisas que mais me impressionaram foi ficar a saber que as dez profissões mais procuradas em 2010, nos EUA, não existiam em 2004 - o que equivale a dizer que estamos a preparar estudantes para empregos que ainda não existem, em que usarão tecnologias ainda não inventadas para resolver problemas que ainda nem sequer foram colocados. Estes tempos exponenciais, de novas novidades e desvairadas mudanças de vidas e de costumes (frase roubada ao cronista Rui de Pina), obrigam-nos a nunca parar de aprender e a habituar-nos a conviver com a incerteza e a precaridade. Refletindo sobre esta matéria, cheguei à conclusão de que os pequenos e médios meliantes são um dos grupos que mais depressa atingiram a excelência na capacidade de adaptação a estes novos

ser e não ser

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fazer contas sem medo

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Por Viriato Soromenho-Marques http://www.dn.pt A Grécia não vai cair. Mas não vai ser salva. Vai continuar em cuidados intensivos. Pior ainda, a interferência externa sobre a gestão orçamental vai transformá-la num protetorado. Sem disfarce. Será que a troika se comoveu com o sofrimento dos gregos? Nem remotamente. A Grécia vai ser mantida em coma assistido porque os custos da sua saída seriam incomportáveis para os credores. Os dados de outubro mostram que a austeridade imposta por Berlim já está a fazer efeito boomerang na própria economia alemã. Os valores abaixo de 50 significam contração económica. Num mês, o índice da produção industrial e dos serviços baixou de 49,2 (setembro) para 48,1. Na Zona Euro, caiu de 46,1 para 45,8. Em grande medida é a indústria automóvel que sofre com um Sul que já não compra. Há alguns dias, a fundação germânica Bertelsmann alertava para o efeito dominó da eventual saída da periferia da Zona Euro. O estudo apresentava diferentes cenários. O

o que tu queres sei eu!

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Faz parangona nos jornais de hoje, é debitado aos quatro ventos em todos os noticiários desta manhã: o ensino privado custa menos ao Estado do que o público. Olha a novidade! O contrário é que me escandalizaria, ou não fosse a escola privada, tendencialmente, dirigida às famílias com mais elevado poder de compra. Mas os serviços de contra-informação governamentais, acolhidos de bom grado por todos ou quase todos os órgãos de comunicação, fazem o seu trabalho de sapa, abrem alas para a solução final: se o ensino público sai mais caro, então porque é que não é todo ele privado agora que o Estado não tem dinheiro a não ser para os bancos e para (alguma) caridade? Os alunos com menos recursos que se lixem, sonhos e ambições são direitos dos mais afortunados de carteira! Este país, definitivamente, não é para pobres. Que vivam debaixo das pontes, estudem só até à quarta classe, comecem a trabalhar aos 12 anos. Atentos, veneradores, obrigados e sempre, sempre a bem da Nação. Se há q

alívio!

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Muita gente já o deve conhecer, o blogue dos melhores "bonecos" de crítica política em Portugal, que eu roubo sempre com descaro e gula. Falo do  http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com/ . Depois de alguns dias de ausência, para meu desespero, o autor voltou. Obrigado, "Mr. Kaos". O Quatro Almas sem Kaos não tem graça, não tem nada. Imagem:  http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com/

no campo da morte

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Morreu, há dias, Wilhelm Brasse. Feito prisioneiro pelos nazis em Auschwitz, este polaco, fotógrafo profissional, teve por incumbência fotografar outros prisioneiros do campo de concentração. 

o fado que nos fada

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das mãos das crianças é que saem as verdades

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cá para mim é uma espécie de nazismo travestido

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o bem comum

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Por Sérgio Lavos http://arrastao.org/ É uma maravilha ver todos os bancos portugueses a apresentar lucros brutais este ano . Fico feliz por mim, e por todos os portugueses, porque o esforço foi nosso, foi colectivo, em prol do bem comum (dos banqueiros): não só foram vários milhares de milhão de euros directamente para a recapitalização de algumas destas instituições, como estas estão a lucrar com a compra da dívida portuguesa (recebem dinheiro do BCE a 1% e emprestam ao Estado português, a 5, 6 e mais). Ver dois grupos de portugueses satisfeitos - os accionistas que recebem dividendos e os administradores que recebem bónus - deve encher de orgulho o povo português. Nós, os que sofremos na pele as medidas de austeridade, estamos cá para isso mesmo. Não queremos ver os bancos pelas ruas da amargura. E se tudo falhar, se nada sobrar depois de transferidos todos os lucros e dividendos para off-shores, também estaremos cá para vos salvar, como aconteceu com o BPN. Não têm nada de a

contra os senhores que ordenam, erga-se a ira de todo um povo!

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Porque este orçamento de vergonha, este saque total, esta afronta a quem trabalha, a quem quer trabalhar, a quem trabalhou toda a vida, não vai, não pode passar. Dia 31, em frente da Assembleia. Todos. Ideia roubada ao  http://trespassaopassos.tumblr.com/

lisboa, sempre lisboa

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Tenho um tesouro. Podem empobrecê-lo, castigá-lo, esvaziá-lo de alegria, mas não o poderão roubar de mim. Os homúnculos, os da governação e os outros, gente a quem a vida roubou a vida, morrerão de feiura. Lisboa não.

glória a deus nas alturas

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despojos humanos

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cidadão castrado? não!

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Os senhores do poleiro, e os que estão em ânsias de vir a ser poleiro, gastam balúrdios em campanhas eleitorais, prometem, mentem, percorrem feiras e romarias para convencer os papalvos a neles votar. É a democracia no seu apogeu. Votar de quatro em quatro anos e, depois, meter a viola no saco e a opinião  na pia. Por isso mesmo, os senhores no poleiro e os que aguardam o poleiro próximo, vituperam todos aqueles que, como eu, protestam nas ruas e nas redes sociais. Está-se a cair no populismo e na demagogia, avisam. O poder não pode andar pelas ruas, alertam. O bom povo português, o melhor povo do mundo, quer-se a votar de quando em vez. Depois, que se cale e que deixe governar. Se não o fizer, é anarquista, comunista, esquerdista, populista e demagogo. Serei tudo isso mas, parafraseando Ary dos Santos, cidadão castrado NÃO!

um gaspar de rosto humano

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Imagem:  http://henricartoon.blogs.sapo.pt/

o puto manteigueiro

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Passos Coelho orgulha-se de ser o bom aluno, bem comportado perante a troika e a Merkel. Mas Passos Coelho não é bom aluno. É antes como aqueles meninos que todos conhecemos na primária, graxistas e mesureiros perante os professores, impiedosos perante os outros rapazes, alvos das suas queixinhas, intrigas, pequenas e grandes pulhices. Passos Coelho é como aqueles alunos sempre prontos a cantar esganiçadamente o hino da mocidade pela manhã, a rezar o terço pela tardinha,  a desprezar os fracos resultados dos seus estudos e a invejar o brilho dos bons estudantes. Os seus pecadilhos e fraquezas eram sempre perdoados, meninos assim são um regalo para os maus professores. Há que recompensá-los, dar-lhes boa nota, promovê-los a chefes de turma, de lusitos a comissários nacionais.

portugal de perdição

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"o meu sonho era passar o natal num quartinho com casa de banho"

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Este casal de desempregados, o Luís e a Alexandra, deixaram o filho entregue a familiares e vivem, há seis meses, debaixo de uma ponte em Braga. Podiam ser outros. O Artur e a Teresa. A Conceição e o Elias. O João e a Odete. Tantos. Entretanto, os governantes desde desgraçado país, impassíveis, sensíveis apenas aos cifrões e à troika, assanham-se contra os contribuintes, os poucos que ainda trabalham, e preparam-se para reduzir as prestações sociais até à insanidade, à infâmia. O que conta, para esta gente, não é a gente que sofre, como o Luís e a Alexandra, o Artur e a Teresa, a Conceição e o Elias, o João e a Odete. Quem conta são os Ulrich, os Mello, os Espírito Santo, os Ricciardi, os mesmos de há 50 anos, os donos de Portugal, os que somam e seguem com o rei na barriga e a república nas mãos. Nós, os cidadãos comuns, estamos reduzidos à condição de pagadores de impostos ou então de rebotalho, de nomes a abater nos livros do deve e haver de um Estado pária e brutal, desgraçada

os judas

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Em nome do partido dos desvalidos, dos pagadores de impostos, dos agricultores, dos reformados, Paulo Portas esteve amuado durante uns dias. Pura hipocrisia, já se sabia e aqui temos nova prova: o ministro Mota Soares, dirigente do CDS, veio hoje propor cortes em várias prestações sociais que, a serem aprovadas, atingirão, é claro, os mais desvalidos, os tais que diz defender e pelos quais Paulo sofreu calado tantos dias e noites até à rendição final, sem glória nem vergonha. Tão depressa se apanham pulhas como trafulhas.

gaspar diz que os portugueses pagam pouco para o que exigem do estado

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 Ideia roubada ao  http://trespassaopassos.tumblr.com/

fujam, fujam, que são das finanças!

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teoria geral do desprezo

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Por Fernando Alves http://www.tsf.pt A proposta de redução do valor mínimo do subsídio de desemprego em 42 euros, enviada pelo governo aos parceiros sociais é a mais chocante e a mais desconcertante de todas as novas medidas previstas de corte nas prestações sociais. A severidade dos cortes leva, por exemplo, o Jornal de Negócios, a usar a palavra "razia" na manchete desta manhã. Dói, assusta, indigna, mas já não espanta, tamanha tem sido a frieza e a insensibilidade das decisões.Mas aquela concreta proposta de redução do valor mínimo do subsídio de desemprego para os 377 euros provoca ainda estupefacção, é ainda desconcertante na medida em que configura uma ofensa gratuita à própria ideia de concertação. Já não revela apenas insensibilidade social, mas desprezo pelos mais desamparados. É uma seringa que procura a veia onde corre já, apenas um fio ténue, não para injectar um sopro de vida, mas para sangrar ainda mais o desvalido, para provocar o seu desfalecimento.O

agarrem-me que vou vomitar!

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As damas e cavalheiros da situação, vulgo PSD/CDS, insistem em repetir a torpe mentira de que o governo tem políticas de emergência para socorrer os mais desfavorecidos. Políticas essas que se resumem a reinstalar as práticas de caridadezinha tão caras às senhoras dos saraus de beneficência de tempos que julgava extintos, mortos e enterrados para nunca mais voltarem. Por outro lado, soube-se hoje, o valor mais baixo do subsídio de desemprego vai ser reduzido ainda mais, o rendimento social de inserção vai sofrer novos cortes e outras malfeitorias virão, anunciadas a conta-gotas à medida que Gaspar vê os seus cálculos inteligentíssimos, especializadíssimos, encaminharem-se inexoravelmente para a cloaca da alta finança de onde nunca deviam ter saído. Falemos claramente: a hipocrisia, a desfaçatez, a imoralidade, a insensibilidade desta gentalha - mascarada com as mesmas roupagens das beatas de outrora - não têm limites. O IVA aumenta, o IRS aumenta mesmo para os rendimentos mais bai

quem não quer ser pinóquio não lhe usurpa o nariz

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não se A. Ponte que é feio!

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A nova administração da RTP, da qual o Sr. A. Ponte das cervejas é agora o manda-chuva, contratou uma agência de comunicação, daquelas que dão uma mãozinha em campanhas eleitorais e no mais que dê pilim e do grosso. Uma agência de comunicação na RTP é, mal comparado, tão baril como eu ser dono de um restaurante, famoso pelos seus pitéus, e encomendar todos os dias o almoço à Telepizza. O Sr. A. Ponte é que sabe, ou não tivesse sido posto lá pelo clarividente Relvas cujas ramificações no mundo político-empresarial parecem ser, tal como os desígnios de Deus, insondáveis. E de certeza que o Sr. A. Ponte não conhece o patrão da agência de lado nenhum e, mais do que isso, a RTP está com um superavit que urge reduzir a qualquer preço pelo que convém gastar alguns patacos em servicinhos extra, que promovam a imagem da RTP junto de investidores estrangeiros, quanto mais angolanos melhor que desse mercado sabe o Sr. A. Ponte como ninguém. Mas isto, claro, sou eu a falar que, de ne

nem tudo está perdido em portugal

iframe Um discurso, imperdível, do reitor da Universidade de Coimbra.

petição contra a proposta de orçamento de estado para 2013

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Exmo. Senhor Presidente da República, Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República, Os signatários apelam à vossa responsabilidade política e institucional perante o país e perante todos os cidadãos, para que seja rejeitada a proposta de Orçamento de Estado para 2013 apresentada pelo Governo. A sua aprovação constituiria certamente um mal maior para o país e os portugueses comparativamente com as consequências da sua rejeição. Esta proposta de OE, já contestada pela opinião pública e pela grande maioria dos especialistas, significa o prosseguimento e agravamento do caminho para uma austeridade ainda mais recessiva, com mais desemprego, mais destruição da economia, mais empobrecimento, mais desigualdade social e menos justiça fiscal. Em nome dos credores, rouba o futuro e a esperança ao país e aos portugueses. Ofende princípios constitucionais relevantes, designadamente o princípio da confiança (dimensão importante do princípio democrático), os direitos do trabalho,

toda a cupidez será castigada

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Era uma vez um canhestro rei medieval, adulado pelos seus próximos, odiado pelos seus súbditos. Um rei que, pouco calhado para as lides da reinação - a não ser quando reina connosco -, deposita toda a confiança e confere todos os poderes ao seu xerife, um ser soturno de lentas falas, que se atiça sem dó nem piedade contra os mais pobres e os seus depauperados recursos para os entregar, de mão beijada, aos mais ricos. Para que o seu amo e senhor possa manter castelos e riquezas. Para que a corte continue a exibir o seu fausto e a arrecadar regalias, indiferente à miséria que a rodeia.  Em qualquer história de capa e espada, esta era a altura de surgir o nosso herói, um bravo salteador que reporia a justiça, deporia o rei e aliviaria o povo do malvado cobrador de impostos. Fico à espera. Há quem diga, e eu acredito, que a realidade, mais tarde ou mais cedo, supera a ficção. 

cada jornalista despedido é mais um prego no caixão da democracia

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Por Daniel Oliveira http://arrastao.org Ontem a Lusa esteve em greve. Os despedimentos põem em causa um serviço público que apenas esta agência noticiosa pode garantir. O País sabe qualquer coisa sobre regiões onde, para além da imprensa local, ninguém tem correspondentes. Depois desta razia a ideia de que "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem" estará mais próxima da verdade. Uma parte de Portugal será invisível. Mais: a Lusa é responsável por cerca de 70% das notícias que se publicam em Portugal. O corte em 31% do seu orçamento é uma machadada do Estado na já tão frágil comunicação social portuguesa. E as primeiras vítimas do silenciamento serão seguramente as já isoladas populações do interior. Na sexta-feira, o "Público" esteve em greve. Em causa está um despedimento colectivo de 43 pessoas e 36 jornalistas que torna virtualmente impossível que ali se continue a fazer um jornal de referência, com uma edição em papel e online. Anteriores despediment

votados ao desprezo, votamos

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É público: em 10 anos, o IRS extorquido aos portugueses aumentou 54%. E, para o ano, há mais e pior. Pagamos a má governança, a cagança dos políticos que nos couberam em sorte. Trabalhamos - quem consegue a esmola de um emprego - para, durante uma boa parte do ano, sustentarmos o Estado e a corrupção, os banqueiros e as empresas públicas, as parcerias com o Estado, as frotas automóveis e os assessores, os doutores e especialistas, as secretárias e motoristas, os advogados e os pareceres jurídicos, as rotundas e estradas para nenhures, os delírios e as negociatas, as passeatas, as pensões indevidas e as vidas de nababos encostados à árvore das patacas, à sombra da bananeira. Não temos governantes. Temos chicos-espertos, temos artistas do proxenetismo, temos vendedores de banha-da-cobra, temos vendilhões do templo, temos maus pagadores de promessas nunca cumpridas. Mas é desses que é o reino dos céus, são esses que ganham eleições, que constituem governos, que esvaziam os cofres do

em novembro, a tempestade

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de escombro em escombro

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a ressurreição do nazismo

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um dia, os pais vingarão os seus filhos

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Imagem:  http://ministeriodacontrapropaganda.wordpress.com

com um governo surdo, temos que ir gritar para a rua

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o triste fim do CDS

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Por Pedro Marques Lopes http://www.dn.pt 1. Quinta-feira de manhã, o líder do CDS informou-nos que o seu partido iria viabilizar o Orçamento de Estado. Têm razão os que dizem que há um problema de comunicação no Governo: levou três dias para que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros comunicasse ao presidente do CDS o que tinha sido aprovado por ele no Conselho de Ministros. Um ministro de Estado que também é presidente dum partido da coligação escrever uma carta em que anuncia que apoia o Governo é um episódio que fica para sempre no anedotário da política nacional. Se fosse a primeira vez em que Paulo Portas nos brindava com este tipo de cenas dava para um cidadão se indignar. Agora, já não. É só mais uma na opereta que está a encenar em que nos tenta convencer que está no Governo mas não está, em que apoia o Executivo mas não apoia, que concorda com as medidas mas não concorda. Para dar colorido a este triste espectáculo ainda temos Vítor Gaspar a fazer "

manifesto "pelo jornalismo, pela democracia"

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A crise que abala a maioria dos órgãos de informação em Portugal pode parecer aos mais desprevenidos uma mera questão laboral ou mesmo empresarial. Trata-se, contudo, de um problema mais largo e mais profundo, e que, ao afectar um sector estratégico, se reflecte de forma negativa e preocupante na organização da sociedade democrática. O jornalismo não se resume à produção de notícias e muito menos à reprodução de informações que chegam à redacção. Assenta na verificação e na validação da informação, na atribuição de relevância às fontes e acontecimentos, na fiscalização dos diferentes poderes e na oferta de uma pluralidade de olhares e de pontos de vista que dêem aos cidadãos um conhecimento informado do que é do interesse público, estimulem o debate e o confronto de ideias e permitam a multiplicidade de escolhas que caracteriza as democracias. O exercício destas funções centrais exige competências, recursos, tempo e condições de independência e de autonomia dos jornalistas.