Por António Fernando Nabais Portugal deve fazer esforço colectivo para corrigir desequilíbrios, diz Barroso . Imagine que, por alguma razão, o leitor faz parte de uma Associação e paga as suas quotas, mensalmente. Uma Associação séria, note-se, coisa com estatutos e tudo, com objectivos sociais, preocupações de benemerência, interesse em criar um Centro de Dia, a garantia de que há-de haver um infantário, a compra de uma mesa de matraquilhos, seja lá o que for. Ao fim de algum tempo, descobre que a rapaziada que, durante uns anos, alternou na direcção andou a meter uns dinheiros ao bolso, próprio ou próximo, gastando-o em jantaradas ou empenhando-o em negócios arriscados ou contratando amigalhaços em empreitadas mais ou menos desnecessárias, levando a que a Associação resvalasse para terrenos próximos da bancarrota. Diga lá, ó leitor, o que faria ou o que diria se algum iluminado lhe viesse dizer: - Ó pá, os gajos da direcção gastaram mal o dinheiro e agora os sócios têm de fazer um...