Vá-se lá perceber porquê, nunca ninguém poderia adivinhar uma coisa dessas, as receitas fiscais estão a baixar. Mas Gaspar, que não previu essas quebras mas é mais fino do que foram Al Capone, "Lucky" Luciano, Frank Costello, Vito Genovese, Carlo Gambino e Santo Trafficante todos juntos, já lobrigou uma maneira airosa de cobrar mais impostos aos pequenos comerciantes: promoveu os mais ricos a fiscais do fisco. Mas eu acho que o Gaspar não está a ser justo: se há benefícios fiscais na restauração e em cabeleireiros, ao contrário do que acontece com as despesas de saúde e educação, porque carga d'água é que não hão-de beneficiar das mesmas regalias quaisquer artigos comprados, a saber, na Dolce e Gabbana, na Louis Vuitton, no Emporio Armani, na Burberry, na Prada, na Boss? Pense nisso, Dr. Gaspar, pense nisso. Eu, por mim, que faço pela vidinha como poucos, também vou fundar várias marcas de luxo. E olhe que não preciso de ser muito criativo. Vão chamar-se Capone, Costel...