É a revelação do ano. Que digo eu? É a revelação da década, do século, do milénio: afinal de contas, Pedro Passos Coelho é um grande humanista, um homem sensível, um ser que tem dedicado a sua vida ao bem dos seus semelhantes. Pelo menos, foi o que tentou dizer Marco António Costa na apresentação da biografia de Passos no Porto, ao lado da biógrafa e da execrável Zita Seabra (desculpem a beliscadura, que nem a propósito vem, mas a mulher, sempre que falo dela, sempre que a vejo na pantalha, provoca-me náuseas, moinhas na tripa cagueira). Então não é que António Costa, mas este com Marco à frente, um marco na vida política nacional, se referiu a Coelho enaltecendo-lhe, e passo a citar com os dedos trementes de indignação, o "traço de atitude humanista"? Pensando melhor, a expressão até terá a sua razão de ser. Deve ser um traço muito fininho que mal se lobriga. Deve ser uma atitude tão rara que a gente normal, que não o Marco, não a descortina em lado algum. A