São crianças, não pensam. Os dois Paulos, os dois Pedros, os dois Miguéis, mais a Assunção, a Paula e o Vitinho já tinham idade para ter juízo. Mas divertem-se a brincar com o fogo, acreditando que o povo é plácido, que o povo é sereno. As medidas arbitrárias sucedem-se, os roubos consumam-se. Rapazolas a brincar aos polícias e ladrões, mais aos ladrões do que aos polícias, têm um novo entretenimento nas mãos, Portugal e o seu povo. Fazem experiências. Misturas, mixórdias, monturos. Mas um dia, que não virá longe, os seus joguetes virar-se-ão contra eles, ganharão vida, numa espécie de Toy Story onde, como nos filmes, os maus serão castigados e o final será feliz. Quem brinca com o fogo, já se sabe mas vale a pena lembrar, queima-se. Sempre.