Por Baptista Bastos http://www.dn.pt Uma sombra tenebrosa perpassou pelo Congresso do PSD: a sombra de José Sócrates. No discurso, no depoimento, na declaração, na entrevista, o nome do ex-primeiro-ministro foi presença constante. Para ser desancado, bem entendido. Até Passos Coelho não se conteve. Ele, que prometera, solene e sólido, nunca se referir, nem em breve alusão, a Sócrates e seu Governo, indica-os, a um e a outro, como causas de todos os nossos males. Luís Montenegro, chefe da bancada parlamentar daquele partido, tentou gracejar com as seguintes afirmações: "O PS tem um Governo clandestino, em Paris" ou "O PS tem uma direcção bicéfala: Seguro, cá; e Sócrates, lá." A graça era tão desajeitada que ninguém sequer sorriu. Parece ser uma nova estratégia dos sociais-democratas, destinada a fazer esquecer os nossos sufocantes problemas, e que se transformou numa obsessão perturbadora. Apenas reavivaram a lembrança de um homem, como tema, e a transferiram para ...