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A mostrar mensagens de março 3, 2013

um zero à direita, um zero para a esquerda

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Cavaco falou. Ou melhor, escreveu porque falar não é o seu forte e é para escrever que servem os ghost writers lá do palácio, o orçamento da presidência é generoso e dá para isso e muito mais. Cavaco escreveu. Para criticar o governo. Mas seria o governo de Coelho? Não, antes foi para criticar o governo de Sócrates, defunto já morto, enterrado e em processo final de putrefacção. Cavaco escreveu. Para dizer que Sócrates foi o responsável pela crise que vivemos actualmente, ou seja, insistindo na grosseira mentira com que Passos foi eleito, ignorando a crise financeira americana que está a pôr o mundo de pantanas, fechando os olhos à acção nefasta de Merkel ou Barroso e à sua própria actuação enquanto primeiro-ministro impulsionador, com gosto e sem arrependimentos, muito menos enganos ou dúvidas, da devastação dos sectores produtivos do País. Cavaco é Cavaco, escavaca o respeito que qualquer um deveria ter pela presidência da República. E tenta, arduamente, justificar o seu silêncio,

lisboa, minha

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liberdade

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antónio borges, um ser infecto

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Por Samuel http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt António Borges é um salafrário viveu toda a sua inútil vida de parasita como lacaio da pior escória do capitalismo selvagem e sem pátria. Recentemente, decidiu cravar os dentes nas veias dos trabalhadores portugueses. Só do seu “part-time” como consultor do governo, ganha cerca de vinte e cinco mil euros mensais pagos directamente pelos contribuintes. O salafrário acha que «o ideal era que os salários descessem» , juntando assim a sua extremamente bem paga opinião à polémica sobre a descida, ou subida do Salário Mínimo Nacional. Esta posição de António Borges pode querer dizer muita coisa... mas uma quer dizer de certeza: o grandecíssimo "filho da puta" que, evidentemente, sabe bem que são estes a quem quer baixar os salários que lhe pagam o estilo de vida milionário, mostra que para além de gostar que os "seus" euros corram como um rio, todos os meses em quantidades descomunais para a sua conta bancária.

fujam portugueses que vai haver merda no beco

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Um cartaz à entrada de um café algures no Brasil. E o nosso governo, que tanta merda tem feito e não paga nada? Antes pelo contrário, rouba todo um povo, quer transformá-lo numa vasta multidão de maltrapilhos para sustentar os Borges, os Salgueiros, os Catrogas, os Duarte Limas, os Dias Loureiro, os Ulrich, as Jonet da nossa praça, esses sim, todos eles, os verdadeiros cagões da Nação. A semana que passou foi fértil em diarreias expulsas pelos cérebros destas criaturas. João Salgueiro quer os desempregados (todos eles, licenciados ou não) a limpar matas. Passos e Borges uniram-se para alvitrar, por enquanto só alvitrar, que o salário mínimo deveria descer para ajudar à criação de emprego (para uma multidão de maltrapilhos, está bom de ver). Os reformados da banca estão "indignados" porque, dos 40.000 euros que alguns recebiam agora só lhes vêm parar às mãos uns míseros 10.000. A Direcção Geral de Saúde vai publicar um livro que ensina o povoléu a substituir a carne, a

se o governo não cai a bem é porque só cairá a mal?

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Por Tiago Mota Saraiva http://www.ionline.pt E se, no passado sábado, depois de ter sido lida a moção de censura popular aos governos da troika, tivesse havido um apelo para que o povo tomasse o Palácio de Belém? Se tenho para mim que uma parte das pessoas teria regressado a casa, acho que a esmagadora maioria seguiria para Belém. Mais, seria possível que muitos, pelo país fora, decidissem acorrer a Lisboa nos dias subsequentes. Muito provavelmente os dias subsequentes seriam de enorme tensão, a que não faltariam actos de pessoas desesperadas, de quem nada tem a perder. Mas se o apelo não aconteceu, também me parece que no plano das manifestações pacíficas pouco mais há a fazer. Os rios que Pacheco Pereira caracterizou já se juntaram e as suas margens estão largas como nunca. O facto de, nem o governo nem o Presidente da República, retirarem as consequências políticas da onda de manifestações que varreu o país no dia 2 de Março, transforma Portugal num barril de pólvor

lá vai lisboa

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um sinal dos tempos

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Por Constança Cunha e Sá http://www.ionline.pt Na ausência de qualquer política contra o desemprego, o primeiro-ministro decidiu informar o país de que afinal tinha uma solução na manga: nada mais nada menos do que baixar o ordenado mínimo para que as portas das empresas se abrissem, por milagre, aos milhares de desempregados que por aí deambulam, entupindo as ruas com manifestações e poluindo a paisagem que nos rodeia. Obviamente, e tendo em conta a miséria em causa, Pedro Passos Coelho achou por bem deixar esta sua “sensata” proposta para melhores dias. Confirma-se assim o vazio em que o governo se encontra nesta como noutras matérias. De acordo com os últimos sinais emitidos pelo primeiro-ministro, o desemprego vai continuar a subir, engrossando estatísticas e batendo recordes, até que um dia o crescimento económico nos caia em cima por obra e graça do Espírito Santo. Até lá, o sempre prestimoso João Salgueiro encontrou uma forma brilhante de remover os ditos desemprega

mulheres cantoras

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quando os lobos uivam

The War on Democracy 2007 legendado from olho.cósmico on Vimeo .

as mulheres estão em luta

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na baía dos porcos

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“O ideal era que os salários descessem como aconteceu noutros países como solução imediata para resolver o problema do desemprego" (António Borges, Março de 2012) Divididos por 14 meses, estes 225.000 euros dão mais de 16.000 euros por mês. E é este o homem que acha que se deve baixar o salário de quem ganha menos de 500 por mês. Se Borges abdicasse do seu ordenado, ou se os portugueses corressem com ele como já deveriam ter feito há muito, o que o Tonico abocanha ao erário público daria para pagar o salário mínimo a, pelo menos, 30 trabalhadores. E, imagine-se, com o salário mínimo a subir para os 530 euros.  Os porcos deveriam estar na pocilga, não em órgãos do Estado.

todos os dias, dias delas

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às heroínas

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Às que trabalham a vida inteira, de sol a sol. Às que fazem das tripas coração, das fraquezas força para criar os filhos, dar-lhes a vida melhor que elas nunca tiveram. Às que sofrem e, caladas, tratam dos seus como se nada fosse. Às mulheres do meu país a quem o País tanto deve mas que, desprezível, despreza, ignora, explora. Delas rezará a História.

choremos pelos contribuintes do norte da europa

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Too Big to Jail Por Daniel Oliveira http://arrastao.org/ O Banco Central Europeu aumentou os seus lucros no ano passado. O lucro do BCE terá aumentado, em apenas um ano, 37%. Segundo o próprio e o "Wall Street Journal", isso deveu-se, em parte, ao resgate à Grécia. O seu excedente, por exemplo, que em 2011 já fora de 1,894 milhões de euros, passou, em 2012, para 2,164 milhões de euros . Mas o BCE está longe de ser o único beneficiário público da desgraça das economias do sul da Europa. Recentemente, o governo da Holanda fez saber que, " no total, o Banco da Holanda irá lucrar 3,2 mil milhões no período 2013-2017 com a participação em operações relacionadas com a crise ". O Estado holandês, através de engenharia financeira, assumiu uma garantia de 5,7 mil milhões ao Banco da Holanda . Em contrapartida, o banco transferiu para o Estado os lucros resultantes das suas operações de ajuda a Estados e bancos. Esse dinheiro permitiu que o nacionalização do

o admirável 2040

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Por Viriato Soromenho-Marques http://www.dn.pt O secretário de Estado do Orçamento veio tranquilizar a nação. Portugal irá regressar ao redil das boas finanças públicas, em 2040! Afinal, são só mais 27 anos de austeras correntes nos tornozelos, e depois o Sol voltará a brilhar com uma dívida pública abaixo dos 60% do PIB, como manda a lei. Só ficou por explicar como é que um país que tem perto de 20% da sua população abaixo do limiar da pobreza, e 43% em risco de nela cair se as prestações sociais forem interrompidas, irá aguentar 27 anos de apneia económica. Este Governo dominado por economistas que não conseguem acertar em nenhum indicador, e que falham todas as previsões, é uma caricatura dos ideólogos que criaram a tragédia que está a envenenar os alicerces da União Europeia. Trata-se de uma aliança de aparelhos partidários, dominados por arrivistas e aventureiros, que abusaram do monopólio da representação que as constituições lhes concedem, com burocratas medíocres mas i

aníbal escavacado silva

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Por Tiago Mesquita http://expresso.sapo.pt Desta feita, a intervenção não foi à porta de uma fábrica de moer cereais. Foi através da única coisa que une verdadeiramente o Presidente da República Cavaco Silva à nação: a internet. Ou melhor, a página oficial de facebook do Presidente Emérito. Rezava assim, no dia de ontem: "No próximo dia 9 de Março, data em que completo o segundo ano do meu segundo mandato, divulgarei, na página da Presidência da República na Internet, o texto do Prefácio do livro "Roteiros VII", que reúne as intervenções mais significativas que produzi naquele período. Este ano, o Prefácio diz respeito ao modo como deve actuar um Presidente da República em tempos de grave crise económica e financeira, como aquela em que Portugal tem estado mergulhado nos últimos anos." Em primeiro lugar, percebe-se agora a vida de reclusão do Presidente - estava a escrever e, provavelmente, não queria desconcentrar-se. E um país a afundar pode ser i

os coelhinhos, tão engraçados, são tão pobrezinhos, os desgraçados

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Em nome da boa saúde das empresas, Coelho acha uma insensatez que se aumente nesta altura o valor do salário mínimo (esquecendo-se que, sem rendimentos, as famílias não podem consumir, sem consumir as empresas não vendem, se não vendem vão à falência, mas essa é outra conversa, porque Coelho aposta forte e feio nas exportações, a partir de agora exportaremos tudo, parafusos, porcas e dobradiças, minérios e cortiças, baldes de plástico e esfregonas, batatas e hortaliças, azeite e alho, galos de Barcelos e até, como se sabe, carne humana da mais alta qualidade aos preços mais competitivos).  Proponho a Coelho o que para Coelho é impensável: que a família Coelho viva, durante um ano, com menos de 500 euros por mês. É claro que a família Coelho contará com muitas ajudas, sem precisar de recorrer à sopa dos pobres nem de estender a mão à caridade. Se quiser, tem casa paga e não é uma casa qualquer, é um palacete com todos os confortos e toda a criadagem, serviçais atentos, venerado

esta vida de presidente está a dar cabo de mim, lá lará lará lalá lará lalá lalá lará

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Imagem: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/

descobrir chávez

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Um documentário de Oliver Stone.

isto cheira mal, como sempre

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A Standard & Poor's manteve-nos no lixo mas, vá lá, vá lá, decidiu considerar-nos um lixo "estável". Vai daí, o lixo que nos governa embandeirou em arco, proclama que os sacrifícios valeram a pena e quase agradece de joelhos tão elevada distinção a essa "credível agência de notação". Palavras de Frasquilho, não minhas. Tão credível que, recordo aos mais esquecidos, o governo dos Estados Unidos, a pátria que os pariu, interpôs um processo judicial contra a agência por fraude. Por outras palavras, as palavras de Frasquilho são tão credíveis como as previsões de Gaspar ou as promessas de Coelho. Lixo. Não nos deixemos enganar, por vontade deste governo o assalto às nossas bolsas é para continuar. Quando milhares desertarem e outros tantos morrerem, quando milhares estiverem na miséria e outros tantos na merda, aí sim, a S&P tirará Portugal do lixo e, aí sim, Passos Coelho, Gaspar, Borges e toda a trupe de malfeitores que se apoderou da pátria terá luga

“mais grave do que roubarem-nos o futuro é roubarem-nos o presente”

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a vida está acima da dívida

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Por Boaventura de Sousa Santos http://visao.sapo.pt/ A mãe de todas as mensagens das manifestações do passado fim de semana foi a afirmação da vida contra a morte. Uma afirmação com três nomes: dignidade, democracia e patriotismo. E uma canção, onde coube todo país exceto o governo. Sentindo um perigo e uma ameaça viscerais, os portugueses recusam-se a deixar de gostar de si e do seu país. Vivem um momento de intensa inteligência intuitiva que está além e aquém do que os discursos e representações oficiais dizem deles. Recusam-se a aceitar que uma vida honesta feita de muito trabalho e estudo possa ser apelidada de preguiçosa, leviana e aventureira, que os impostos e os descontos pagos ao longo da vida tenham sido em vão, que quem menos pagou seja quem é mais protegido num momento de dificuldade coletiva. Recusam-se a aceitar que a democracia seja uma máquina de triturar a esperança, um moinho que só sabe moer o moleiro, uma farsa onde só são reais os fios que sustentam as mar

por chávez

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enquanto salazar vivia

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lá ao fundo, o tejo

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chávez morreu, cavaco faz de morto

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Por Tiago Mesquita http://expresso.sapo.pt O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu. O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, continua a fazer-se de morto. Nada de novo, pelo menos por cá. Bem vistas as coisas, à imagem do Papa Ratzinger, Cavaco devia ser um Presidente Emérito. Entretanto elegíamos alguém para desempenhar o seu cargo. Se Ratzinger escolheu Castel Gandolfo, não seria má ideia Cavaco recolher a Boliqueime. Com Cavaco em Belém vivemos em constanteSede Vacante, com o Presidente, sozinho, em permanente conclave. Mesmo nunca tendo apreciado o estilo, sou obrigado a reconhecer que um Hugo Chávez morto mexe muito mais com os destinos de um país, com as políticas e com os sentimentos do cidadãos que um Aníbal Cavaco vivinho da Silva. Depois de 33 dias em cativeiro, qual eremita de Belém, Cavaco Silva reapareceu. Enquanto se discutia na AR o futuro do país, Cavaco foi assistir à inauguração de uma unidade de moagem na fábrica Cerealis (enfim, sem comentári

a solução final

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O objectivo do governo é claro: as empresas que não conseguirem sobreviver à crise devem desaparecer, não servem nesse novo modelo de economia e nesse novo Portugal que estão a construir com o denodo, a crueldade dos déspotas iluminados. A talhe de foice, pergunto: será que querem proceder à mesma selecção natural entre os portugueses? Será que os que não aguentam a crise, que ficaram desempregados, que vivem nas ruas, que passam fome, devem morrer? A frieza com que encaram a situação do País, a indiferença com que assistem ao sofrimento de milhares de pessoas, a vontade férrea de ir ainda mais longe na destruição de emprego e de vidas leva-me a acreditar que sim, que estamos perante uma nova forma de nacional-socialismo sob o manto diáfano da democracia. Lamento se nunca vierem a ter o seu Nuremberga.

podres de ricos, os pobres

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Claro que não gosto que um governo, abusivamente, selvaticamente, roube salários e pensões ou suba impostos como lhe dá na real gana, sempre que lhe dá na real gana, quando gasta os nossos carcanhóis mal gastos e precisa de mais para sustentar vícios privados. Mas caiu mal a acção dos Reformados Indignados. Numa altura destas, em que  os outros reformados (a imensa maioria) não têm dinheiro para os medicamentos, em que os desempregados não conseguem alimentar os filhos, em que os portugueses que encontram trabalho se sujeitam a salários cada vez mais miseráveis, em que a pobreza e o suicídio aumentam assustadoramente, estes senhores deviam ter o bom senso de não tornar públicas as suas reivindicações. Queixam-se eles, com o grande alarido que as televisões acorrem a ouvir diligentemente, que há pessoas que tinham 40.000 euros mensais de reforma e que, agora, com os cortes, ficam só com 10.000 euros. Esquecem-se, com o egoísmo e a rapacidade por que devem ter pautado as suas vidas,

ilegal, imoral, irracional

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Pedro Passos Coelho foi eleito com base em mentiras e num programa nunca cumprido, antes virado do avesso. Isto seria mais do que suficiente, numa democracia sã, para demitir um governo. Eis um tema que devia ser mais falado, a indignação mais ouvida. Para que nunca, nunca mais volte a acontecer.

cardeal português com boas hipóteses

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morreu hugo chavez

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Os lobos dançam contentes. Fotografia: Reuters/Carlos Garcia Rawlings (http://www.dn.pt)

contar cabeças

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Andam a contar-nos as cabeças, como se fossemos peças de gado. Teríamos sido um milhão? Ou só 500.000? Não, se calhar foram só 5.000. É fazer as contas. O mais importante é que fomos muitos, invulgarmente muitos. Zangados. Tristes. Revoltados. Novos. Velhos. Aos gritos. Silenciosos. Todos juntos, dissemos não. Haja quem nos escute.

o pior da manifestação é o dia seguinte

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Por Pedro Tadeu http://www.dn.pt O problema das enormes manifestações, como a de sábado passado, é o dia seguinte, quando se exige um pouco mais de nós do que uma pueril discussão sobre o alegado milhão ou os supostos 500 mil que realmente protestaram nas ruas. No dia seguinte, dizem os defensores do Governo, ninguém apresenta alternativas às políticas de Pedro Passos Coelho. Isso não é, simplesmente, verdade. PS, PCP e Bloco, inúmeros economistas (independentes, de esquerda, do "centrão", gente biograficamente ligada ao PSD e ao PP), jornalistas, vários académicos, todos os parceiros sociais e até intelectuais estrangeiros têm listado, com maior ou menor arrojo, com maior ou menor dissonância em relação ao programa vigente, inúmeras ideias diferentes, de pormenor ou de fundo, para tentar melhorar a situação. Só por desonestidade intelectual se pode dizer que todas elas são irrealismo radical impraticável, demagogia populista ou ilusão revolucionária anacrónica.