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A mostrar mensagens de março 9, 2014

carta de uma mãe ao filho desaparecido

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Meu filho, faz amanhã 16 anos que não te vejo, e depois deste tempo todo ainda espero por ti! Espero e esperarei até que me digam algo de ti! Este tempo todo imagino-te crescendo, tornando-te um homem, e eu aqui parada no tempo, à tua espera! Nunca deixarei de te esperar!!! De uma forma ou de outra, os dias sucedem-se, muitos já partiram, outros nasceram e cresceram enquanto estiveste fora... outros vão nascer em breve, sabias? Há tanta coisa para te dizer, tantas promessas a cumprir que não vão chegar o resto dos meus dias para os realizar... volta, estamos aqui todos à tua espera... tal como naquele fatídico dia 4/03/1998... Se não quiseres falar basta um abraço, tu sabes dar tão bem abraços! e beijos pequeninos... bem sei que estás crescido, mas a mim não vais negar?! Tenho tentado tudo para suportar a tua ausência... tudo mesmo!!! Às vezes digo a mim própria que é um pesadelo e que vou acordar a qualquer momento e tu estás aqui... depois abro os olhos e a realidade atordoa-...

iogurte estragado

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Nos últimos dois anos e tal já vi de tudo em matéria de ofertas de emprego: estágios não remunerados, trabalho precário, salários de 500 ou 600 euros em troca de elevadas qualificações, horários dignos do tempo da escravatura e exigência de carta de condução e viatura própria. Vi de tudo, mas nunca isto, e acho que se atingiu o grau máximo da abjecção: um estágio pago em almoços na cantina e iogurtes para levar para casa. Sem calorias, já se sabe, o trabalhador não rende. É preciso alimentá-lo. Imagem retirada daqui: http://5dias.wordpress.com/

maçães podres

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Recebi uma notificação da Google informando-me, aliás amavelmente, que um post meu foi removido deste blogue pelo seu, e passo a citar, "conteúdo alegadamente infrator e que poderá violar os direitos de terceiros e as leis de outros países." A única infração que poderei ter cometido foi a de reproduzir uma fotomontagem de http://espectivas.wordpress.com que apresenta Bruno Maçães vestido de Hitler, mas mesmo assim duvido - até porque faço a devida referência à fonte da imagem -, que o blogue em questão se tivesse dado ao trabalho de recorrer à Google tanto mais que, julgo, gostará de ver o seu trabalho e ideias partilhados. A não ser que ... A não ser que tenha sido o texto o objecto da reclamação dirigida à Google. Se assim foi, estamos perante um claro acto de censura. Será legal neste país? Se calhar já é. Se não foi o blogue proprietário da imagem, quem mais poderia ter feito queixinhas de mim? O Maçães, os assessores de Maçães (que os deve ter, ag...

manifesto e mentirolas

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Um rapazelho do aparelho, filho do ex-barão de Gaia, vituperou no Parlamento os signatários do manifesto que pede a renegociação da dívida. Catroga chamou-lhes, a alguns, ingénuos. Coelho tratou-os por "aquela gente". Cavaco exonerou  - ou melhor, mandou que se exonerassem - dois dos seus conselheiros por terem tido a ousadia de assinar o documento. Gomes Ferreira mandou-os arrumar as botas e deixar "os mais novos" trabalhar. Todos foram unânimes: de Ferreira Leite e Adriano Moreira a Francisco Louçã, os subscritores incorreram, no mínimo, no pecado de alta traição à pátria. Diz "esta gente", Coelho e afins, que será muito mau se se souber "lá fora" deste manifesto.  Repare-se na contradição: se tudo está bem em Portugal, se estamos a recuperar, se podemos pagar a dívida, se a recessão acabou, como o governo apregoa aos quatro ventos, que mossa poderá fazer este manifesto caso o seu conteúdo seja divulgado no estrangeiro? Ou, hip...

cartazes, cartases

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matemática explicada aos calhordas

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Ontem, lá veio Pires de Lima repetir o que o governo, e os seus órgãos de comunicação social, vêm apregoando aos papalvos: que a economia portuguesa foi a que mais cresceu em toda a Europa comunitária. Já o tenho dito por aqui, e volto a dizê-lo para que não restem dúvidas nas mentes mais propensas à generosidade: não entendo nada de economia, de finanças, de contas públicas, de PIB, de défice, de números. Mesmo assim, atrevo-me a fazer umas contas de faz de conta: imagine-se que um cidadão, chamemos-lhe Zé Portugal, tem 3.500 euros no banco e que, num ano, conseguiu aumentar esse valor para, digamos, 7.000 euros. Se as contas não me falham, e perdoem-me se tal acontecer, o Zé viu aumentar as suas economias em 100%. Duplicou os proventos, grande vitória!, embora continue a ter, coitado, que apertar o cinto até cair de fartura de fome.  Por outro lado, temos o caso do Franz Alemão. Este possui no banco a soma de 1.000.000 de euros, a que somou mais 100.000 euros ganhos no...

voltaram os cómicos!

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Ontem vi, em diferido, o Prós e Contras de segunda-feira. Não me vou alongar sobre o programa em si. Mais do mesmo, sob a batuta bem domesticada da "moderadora". Salvo Raquel Varela, todos os ilustres convidados vieram prestar serviço aos prós, com uma ou outra nuance a fingir de contra, tendo até voltado à ribalta o célebre empreendedor de feiras e romarias, o cómico Gonçalves contratado por Relvas, um pequeno comediante de verbo fácil e raciocínio difícil. Ao que venho, aqui, é para comentar o tom geral do "debate", comum a tantos outros "debates": os defensores da rapacidade reinante apresentam-se, invariavelmente, como os paladinos da razão e da moral, transformando em maus da fita exactamente aqueles que, sempre em desvantagem em programas desta natureza, ousam condenar os senhores do dinheiro, os únicos, benza-os deus, que produzem riqueza "para o País", os que criam emprego (à razão de 500 ou 600 euros por cabeça), os pobres banquei...

o esoterista

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Por Viriato Soromenho-Marques http://www.dn.pt/ Ao longo da vida, alguns têm a oportunidade da sua "estrada de Damasco". E eu acabo de ter a minha em relação a Cavaco Silva. Para interpretar um texto é preciso estar à sua altura, e até agora nenhum comentador percebeu o mistério que se oculta no prefácio de Roteiros VIII. Quando o PR nos pede consenso para 20 anos de servidão voluntária, percebi que era preciso finura hermenêutica. Será que o magistrado supremo pretendia imitar Jonathan Swift, que na sua satírica Modesta Proposta (1729), sugeria o canibalismo infantil para resolver a mendicidade irlandesa? Compreendi que a coisa era ainda mais subtil ao ler a frase onde se esconde o enigma: "Pressupondo um crescimento anual do produto nominal de 4 por cento e uma taxa de juro implícita da dívida pública de 4 por cento, para atingir, em 2035, o valor de referência de 60 por cento para o rácio da dívida, seria necessário que o Orçamento registasse, em média, um ex...

há imagens que fazem sorrir

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