matemática explicada aos calhordas

Ontem, lá veio Pires de Lima repetir o que o governo, e os seus órgãos de comunicação social, vêm apregoando aos papalvos: que a economia portuguesa foi a que mais cresceu em toda a Europa comunitária.

Já o tenho dito por aqui, e volto a dizê-lo para que não restem dúvidas nas mentes mais propensas à generosidade: não entendo nada de economia, de finanças, de contas públicas, de PIB, de défice, de números.

Mesmo assim, atrevo-me a fazer umas contas de faz de conta: imagine-se que um cidadão, chamemos-lhe Zé Portugal, tem 3.500 euros no banco e que, num ano, conseguiu aumentar esse valor para, digamos, 7.000 euros. Se as contas não me falham, e perdoem-me se tal acontecer, o Zé viu aumentar as suas economias em 100%. Duplicou os proventos, grande vitória!, embora continue a ter, coitado, que apertar o cinto até cair de fartura de fome.  Por outro lado, temos o caso do Franz Alemão. Este possui no banco a soma de 1.000.000 de euros, a que somou mais 100.000 euros ganhos no último ano. O desgraçado do Franz viu a sua fortuna aumentar em 10%, uma miséria, apesar de ter agora no banco um espólio de 1.100.000 euros. Felizardo é o Zé, cuja conta subiu para os 7.000 euros e que "em termos percentuais", como se costuma dizer, cresceu mais do que a do Alemão: 100% contra apenas 10% do paspalhão do Franz. Toma e vai-te curar!

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