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A mostrar mensagens de fevereiro 23, 2014

portugal, paraíso de milionários

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Ontem, num forum da TSF, disse por lá um desgraçado que os reformados que se andam a queixar, e sem razão, são os que recebem mais de 1.000 euros por mês, uma minoria de privilegiados no entender da criatura. O homúnculo, para quem Relvas, Arnault, Mexia, Catroga, Duarte Lima e tantos outros magnates da política e dos negócios são seguramente pobrezinhos, é um fervoroso seguidor da linha ideológica do governo, para quem um salário de 600 euros é uma fortuna e, claro, qualquer um que aufira para cima de 1.000 euros é milionário, só não sabe é que o é, ainda não percebeu que pode viver numa mansão de luxo em vez de habitar num andar onde o espaço escasseia, a humidade abunda e o senhorio lhe leva uma boa parte da riquíssima tença que lhe é generosamente atribuída por uma vida de trabalho (mas, acrescentava ele, não mais do que gente preguiçosa e chula, funcionários do Estado que nunca fizeram népia, polícias e militares que se limitaram a ler jornais durante as horas de serviço e

tristes dias em fevereiro

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Por Baptista-Bastos http://www.jornaldenegocios.pt/ O dr. Luís Montenegro, chefe da bancada parlamentar do PSD, expediu a seguinte frase: "A vida das pessoas não está melhor, mas não tenho dúvidas de que o País está melhor." É uma charada, mas o dr. Montenegro é useiro e vezeiro em adivinhas deste tipo. Não se conhece, deste distinto, uma frase acertada, uma proposição equilibrada, uma afirmação justa. O dr. Montenegro não é patronímico: é um espinoteante tolejo. Como dirigente parlamentar, fornece uma ideia pavorosa do partido que representa e do que o próprio partido representa. Um amigo meu, dizia-me, há semanas, que este PSD e, decorrentemente, o Governo, é um conglomerado de neuroses, cada vez mais acentuadas com o aproximar das eleições. Não sei se assim será, embora o meu amigo tenha a reputação de psiquiatra distinto. Mas a verdade é que as coisas, para aqueles lados, não são propriamente recomendáveis. Os desacertos multiplicam-se e, se Portugal vivesse

vem aí um novo terramoto!

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O de 1755 destruiu grande parte do património de então. Nos últimos 100 anos, pequenos sismos têm abalado Lisboa: palácios, salas de espectáculo, prédios que foram Prémios Valmor, todos têm desaparecido às mãos dos especuladores imobiliários e de edis sem amor à cidade ou, pior, apaixonados pela corrupção. O último sismo está prestes a atingir Lisboa: a abolição - gradual, dizem eles -, de grande parte da calçada portuguesa, a favor de um pavimento "mais cómodo" para os transeuntes. Se querem facilitar a vida a quem calcorreia Lisboa, há outras soluções: manter a calçada impecável, sem pedras soltas, usar calçado adequado e não autênticas "torres de Pisa" a fazer de calcantes, construir desníveis junto das passagens de peões para que pessoas em cadeiras de rodas possam circular à vontade. Isso sim, seria serviço público! Por mim, e se o Costa de que o povo gosta não recuar, já tenho o meu slogan pronto na ponta da língua: Vamos salvar a calçada, nem que

esperar pela pancada

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Por Fernanda Câncio http://www.dn.pt/ Disse Passos, no congresso da risota, que no meio da pancadaria - a de Molière e a outra - com que nos mimoseia há dois anos e meio as últimas arrochadas, mesmo se mais fracas, podem doer mais que as primeiras. Será? Parece é que já nada dói, ou nada já se sente, tal o estado de catalepsia em que o País mergulhou. O coma é tal, aliás, que Relvas, o Relvas que há 11 meses saiu, choroso, por "falta de condições anímicas", se animou a regressar de corpo à alma que é deste PSD. Aliás levou só um bocadinho mais de tempo que Gaspar, o ministro das Finanças que em julho reconheceu por escrito o falhanço da sua política e veio agora, impante, congratular-se no (seu) "milagre". E bastante mais que Portas, tão rápido a sair e reentrar que nisso (como em tanta outra coisa) ninguém o bate. E, depois, de que últimas pancadas fala Passos, quando se anunciam quatro mil milhões de cortes (o mesmíssimo valor que se anunciava no iníc

insulto à portuguesa

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Amigos meus, vamos lá pôr ordem nesta bandalheira em que se transformou a internet, as redes sociais, os chats e os chatos que gastam o curto vocabulário no insulto anónimo. Tem razão quem se queixa, tem sim senhor, pelo menos em parte. Vamos por partes. Chamar filho da puta ao extremoso rebento de uma senhora que nunca se deu à galderice é injúria. Apelidar de palhaço alguém que não provoca a mínima hilaridade, muito antes pelo contrário, é ultraje. Dar tratos de cabrão   ao marido de amante e fidelíssima esposa, é enxovalho. Contudo, longe de mim concordar com as virgens ofendidas - e ele há tantas, senhores, ele há tantas! - quando o epíteto assenta que nem luva de pelica, ou preservativo de finíssima lubrificação, no alvo do aviltamento. Vejamos. Que dizer de alguém que rouba a não ser que é ladrão , gatuno , larápio , ratoneiro , salteador , ladroeiro ? E de quem mente? Pode-se-lhe chamar outra coisa que não seja aldrabão , mentiroso , impostor , embusteiro ? E a q

escrito na pedra

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Marcos Sobral/http://lisboameninadourada.blogspot.pt/ Coelho sacrifica-se. Lá carrega, há quase três dolorosos anos, esta grossa cruz de governar o ingovernável. Ulrich sacrifica-se. Perdeu parte do grosso salário que, ainda assim, continua grosso. Montenegro sacrifica-se. Continua a falar, imundo e grosso, do alto da sua maioria parlamentar. Soares dos Santos sacrifica-se. Compra por grosso e distribui com grossos lucros, tem o azar de ser um dos mais ricos de Portugal. Mexia sacrifica-se. Passou a prestar contas, por grosso, aos picuinhas da China. Albuquerque sacrifica-se. É preciso baixar o grosso défice, custe o que custar. Crato sacrifica-se. Para que o grosso da estudantada não passe da cepa torta e os docentes passem a indecentes. Portas sacrifica-se. É vice contrafeito depois de, com voz grossa, se ter declarado irrevogável durante a  silly season . Se o grosso da elite pátria se sacrifica, por que raio é que os portugueses não se haviam de sacrificar? O grosso da popula

os bons são como os heróis, nunca morrem

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Paco de Lucia. Fica a música.

o concílio do coliseu

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Por Baptista-Bastos  http://www.dn.pt Já o disse e escrevi: este homem é muito perigoso. Levanta-te, e caminha"- disse o Rabi a Lázaro; e este levantou-se, impulsionado pela força divina. Milagre! Milagre!, exclamaram os que ao facto assistiram." A parábola da Ressurreição, ou do Ressurrecto sobreveio-me à memória, quando assisti a um morto, não só político, mas sobretudo moral, emergir do mundo das trevas. Foi no congresso do PSD, quando Pedro Passos Coelho fez ressurgir Miguel Relvas das tumbas da calamidade para ocupar um lugar importante da direcção do partido. Entre a perplexidade e a repulsa, os sentimentos dos circunstantes dividiam-se. Mas a notícia não deixou de ser escabrosa. O título académico de "doutor", "dr." Miguel Relvas, voltou a circular entre as afirmações dos dirigentes mais importantes do PSD, como se a ressuscitação da criatura reabilitasse a própria mentira. Passos Coelho é um homem em constante sobressalto, tomado d

a vitória nazi

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Os nazis celebram a sua vitória na "revolução" ucraniana. A extrema-direita europeia ganha terreno e todos sabemos como isto vai acabar. Mas as "democracias" ocidentais, com a União Europeia à cabeça, regozijam-se com o desfecho da crise. A ver vamos onde tudo isto nos vai levar. Que desgraças nos estarão destinadas. Sergey Supinsky/AFP

calçado na calçada

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    O calçado das senhoras, segundo os ditames da moda, deixou de ser constituído por sapatos. Agora andam de andas. Em pedestais. Artefactos de actividade circense. Periclitantes escadotes. Estaleiros de onde se estatelam tanto faz que caminhem sobre fino mármore ou em estrada alcatroada. O rendilhado que temos sob os pés, poemas de pedra de beleza ímpar, corre o risco de desaparecer. Costa, o da Câmara e não o do Castelo, antes fosse que ao menos este era castiço e alfacinha de gema, quer acabar com a calçada portuguesa. Parte, apenas uma parte, promete Costa, sabendo nós que a parte se torna tudo quando mal nos percatamos. Ando cá desconfiado que Costa está mais preocupado com os custos da calçada do que com o que custa às senhoras andarem nela. Mais uma vez, é a "contenção de despesas" que dita as regras. Na impossibilidade de se concessionar o direito de exploração da calçada portuguesa a angolanos ou a chineses, extinga-se a calçada. Por esta o

uma campanha alegre

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Num país fanado, na dupla acepção da palavra, ainda há quem tenha vontade de rir. Digam aos desempregados, aos reformados, aos funcionários públicos e às vítimas do assalto fiscal qual é a piada, para que eles se possam rir também. Raquel Wise/http://sol.sapo.pt Raquel Wise/http://sol.sapo.pt http://www.cmjornal.xl.pt/ Lusa/http://www.tvi24.iol.pt Lusa/http://www.tvi24.iol.pt Lusa/http://www.tvi24.iol.pt Gerardo Santos/Global Imagens/http://www.jn.pt Miguel Manso/Público Miguel Manso/Público Miguel Manso/Público

ao coliseu o que é do coliseu

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Senhoras e Senhores, Meninas e Meninos, venham ser engolidos pelas feras no melhor circo do mundo! Há contorcionistas,  há domadores,  há malabaristas,  há engolidores de fogo,  os mais hilariantes palhaços e vedetas da televisão. Grandioso Sorteio de Cabrestos, Peias e Cangas entre a amável assistência. É entrar! É entrar! É pegar ou largar!

não havia lá melhor?

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o monólogo do incensado

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Manuel de Brito Uma das minhas obras mais notáveis, pela mão de um dos meus sequazes, também Pedro, mas esse Mota, mas esse Soares, tem sido a recuperação da caridade como prática institucional. O Estado não tem por dever proteger os seus. Esse é trabalho do empreendedorismo social, seja lá o que isso for. Acabe-se com o RSI, o subsídio de desemprego, as pensões de reforma ou invalidez, deixemo-nos de sustentar chulos e madraços, passemos as nossas responsabilidades para as mãos de terceiros, criemos, num país sem Indústria, uma nova indústria, a da esmola, e Deus nos acolherá no seu esplendoroso seio. Continuemos a subsidiar a Santa Casa da Misericórdia de Santana Lopes e o Pingo Doce que, esses sim, precisam da ajuda do Estado para sobreviver e prosseguir a sua missão em defesa dos pobrezinhos, tanto como eu preciso que Santana Lopes me venha ungir ao Congresso, elogiando a minha obra em prol da produção de mais desvalidos que, por sua vez, irão recorrer à Santa Casa, Santa Casa

relvas renascido

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Miguel Manso/http://www.publico.pt A Primavera deve estar a chegar. Pelo menos Relvas aparece e reverdece. É o novo cabeça de lista do Conselho Nacional do PSD. Alguns pêpêdêzinhos, cheios de circunflexos, perplexos, parece que se indignaram com a escolha. A maioria aplaudiu. Porque foi o Chefe que escolheu e o Chefe sabe o que faz, o Chefe pode, o Chefe manda, o Chefe quer. Oh se quer, a gente que o diga. Quando se for embora, e algum dia terá que ser, nem que pela lei da morte nos vá libertando, deixará por cá o país que sempre quis. Mais pobre, mais desigual. E um rasto de terra queimada onde só Relvas manterá o viço. Relvas e outros senhores. Dos Passos. O vento não mudou. Relvas voltou.