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Argentina |
Até há muito pouco tempo, ver nos telejornais a polícia, de qualquer país, a correr o povo à bordoada, chocava-nos. Agora, não sei se já repararam, isso passou a ser coisa comum. As democracias musculam-se, ganham laivos fascizantes, já nem disfarçar sabem o seu pendor autoritário. Mesmo entre um povo que dizem pacífico como é o nosso, e espero que seja só na aparência, a polícia infiltra-se, provocadores engajados ensaiam desacatos para que os colegas possam intervir e desancar a gosto. São banalidades. O sangue já não incomoda quem também não se deixa incomodar pelos desmandos contínuos dos desgovernos. As televisões deixam-nos assustados, manietados, sob a ameaça de crimes tantas vezes empolados. Tolhidos pela iminência de desemprego, subida de impostos, precariedade. E um povo assustado é um povo que amansa. E que vê a repressão de qualquer protesto como um evento corriqueiro, para muitos um mal necessário até. Banalidades. Tudo banalidades. Até o que eu escrevo, porque já não consigo escrever de outra coisa a não ser desta sorte que é morte. Lenta.
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