a vergonha de portugal
O Parlamento chumbou, com votos contra do PS e PSD, projetos de BE, PCP e CDS que limitavam as remunerações dos gestores públicos e alargava a limitação aos órgãos diretivos de institutos públicos, autoridades reguladoras independentes, empresas regionais, municipais, intermunicipais e metropolitanas.
Numa altura em que o país não tem dinheiro para nada pode parecer estranho que não pense que pode poupar alguma coisa com gente que ganha milhares, dezenas de milhares e em alguns casos centenas de milhares de euros, sem contabilizar os cartões de crédito, carros, telefones, prémios e todas as outras alcavalas que recebem. Porque será que votaram contra? Talvez porque já sabem que um dia, quando deixarem de ser deputados, o seu futuro passa por ocuparem cargos nessas empresas públicas? Se o seu destino fosse irem parar a uma fábrica ou trabalharem numa caixa de supermercado talvez não tivessem aprovado as leis de trabalho que retiram direitos e facilitam os despedimentos e tivessem exigido que o acordo para aumentar o ordenado mínimo para 500 euros fosse cumprido.
In We Have Kaos in the Garden
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