cabrita, coelho e o grande detido do dia
Foi Felícia Cabrita, a ilustre biógrafa de Pedro Passos Coelho e colaboradora de O Sol, a dar em primeiro lugar a notícia da detenção de Sócrates.
E o Correio da Manhã, às tantas da matina, lá estava no aeroporto a filmar a viatura onde Sócrates foi levado para o cadafalso, perdão, calabouço.
As televisões têm estaminé montado à porta de José Sócrates, na Rua Braancamp, e passam com desusado zelo excertos onde António Costa, ou Ferro Rodrigues ou outros não renegam, ao contrário do ideal líder do PS António José Seguro, a chamada herança socrática.
Sócrates está a ser crucificado. E com ele todo o PS, para gáudio e proveito das gentes do PSD.
Já agora, deixem-me acrescentar a estranheza que me causa o facto do caso Casa Pia, que pretendia em grande parte - e, diria até, primordialmente - atingir altas figuras do PS, ter sido "noticiado" também, e em primeira mão como agora, por Felícia Cabrita.
Tudo isto me cheira a cabrada. Sem ofensa para a Felícia, ilustre biógrafa de Pedro Passos Coelho, justiceira implacável, nome maior da imprensa pátria.
Sem ofensa.
Comentários
Nunca disse que Sócrates é inocente ou culpado. O que disse, e repito, é que é estranho o momento em que a detenção é feita, é estranha a presença do CM no aeroporto, é estranha a própria detenção em pleno aeroporto, é estranho o envolvimento de Felícia Cabrita, noticiando factos que deveriam estar em segredo de justiça. Não sou advogado de defesa de Sócrates, este blogue é disso prova, basta ler posts dos idos de 2010 ou 2011, mas não aceito que ninguém, nem mesmo Sócrates, sirva para se atingirem objectivos inconfessáveis. Basta pensar um pouco. Todos os dados apontam na mesma direcção: fazer esquecer outros escândalos, outros roubos, inclusive ao povo português através do Orçamento de Estado.
Esqueceu-se de escrever o que o aldrabão fez à Cabrita no passado, para não falarmos da Moura Guedes.
Mete a viola no saco que os Portugueses deviam aplicar-lhe mais de 1000 anos de cadeia pelo que lhes fez assim como à Nação.
Aproveito para comentar-lhe, apreciado Manuel, que os inimigos ou contrincantes estão para isso, para denunciar as faltas alheias, e que isso não redime a Sócrates da sua vergonhosa culpa.
Um abraço