se abraçam e copulam
Pedro elogia Loureiro. Pedro achincalha Portas por portas travessas, através da sua biografia autorizada, redigida, ao que parece com grande esforço porque o homem não tem biografia nem a biógrafa talento por aí além, por uma militante e funcionária do PSD. Pedro chama a Portas "o líder do principal partido da oposição". Pedro não governa, vai à Ovibeja, inaugura queijarias, dá nas vistas e dá entrevistas, por este desandar ainda o havemos de ver, qual Alberto João do continente, a inaugurar atalhos, cavalariças, aviários, fontanários, casas particulares, obras a meio e edifícios há muito em actividade. Pedro tudo fará para ganhar as eleições. Pedro não quer morrer já politicamente, quer ser cadáver adiado. Só vencendo nas urnas poderá evitar a urna onde muitos "companheiros" de partido, há muito a jurar-lhe pela pele, o enterrarão sem sermão nem missa cantada para que o povo esqueça, até à próxima desfeita, o verdadeiro rosto do PSD, o partido, a par do CDS, dos deserdados de Abril, dos saudosos do velho senhor, também ele adepto da caridade, também ele fã do empobrecimento, também ele contra a saúde e educação para todos, cada macaco no seu galho, cada um é para o que nasce, pobrezinhos mas honrados vos queremos, a trabalhar sem pensar em política porque a vossa política é o trabalho, de preferência mal pagos a bem da Nação e da economia.
Em tempos que já lá vão, ainda conseguiam aliciar gente como Natália Correia ou Helena Roseta para lhes ajudar a dourar a pílula. Agora, são cói de um Montenegro, um Passos, um Pedro Pinto, um Marco António, um Abreu Amorim, um Relvas, um curro de videirinhos a fazer pela vidinha, encarreirados em carreiras onde negócios e política se abraçam e copulam na maior das desvergonhas.
Se o povo gosta de pornografia que adira ao material genuíno, não a produtos ordinários feitos nos joelhos e de joelhos, diante de Merkel e dos sacrossantos mercados. Se querem ajoelhar, ajoelhem. Mas deixem-nos ficar de pé.
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