já ouviram falar em patriotismo?
Foi por patriotismo que os gregos disseram NÃO. É por patriotismo que os partidos gregos, da direita à esquerda, acordaram apoiar o governo de Tsipras nas negociações com os chamados credores (na verdade, devedores, caloteiros, bandidos à solta sob o beneplácito dos povos). Ficaram de fora o partido comunista grego, inflexível nos seus dogmas, dali não saem, dali ninguém os tira, e a extrema direita que dá pelo nome de Aurora, ainda por cima Dourada. Por cá, nem a esquerda se consegue unir para combater a doença malina do neoliberalismo vigente. Definitivamente, não somos a Grécia. Não somos gregos. Damos o ouro ao bandido sem refrega. E ainda lhe agradecemos o desfalque, a fraude, o roubo. Só nos falta ir em procissão a Alcochete, onde a seita se reúne agora, pelo menos ontem era lá que estava, para lhe agradecer os cuidados, intensivos, que nos têm sido prestados. À espera que nos dê o badagaio, estorvo que somos se doentes ou velhos, descerebrados depositantes de votos, devotos de escroques, aduladores de mentirosos. Não. Não somos a Grécia. Até prendemos um Sócrates. Deve ser para servir de exemplo a qualquer Aquiles ou Hélio ou Dionísio que ouse enfrentar os pequenos deuses que nos governam.
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