pai natal: um exemplo a seguir

O Pai Natal não ficou imune à recessão global, está a ver-se em palpos de aranha para conseguir reunir os presentes suficientes para alegrar todos os corações, de crianças, adultos e adúlteros, que os prevaricadores da carne não são menos do que os outros, também têm direito a prebendas, pois então. Mas o homem é um desenrascado, lá isso é, ou não tivesse sido Deus a elegê-lo para tão espinhosa função, e encontrou um fornecedor melhor, mais produtivo e mais barato do que os da China, das Filipinas ou de Taiwan todos juntos, ainda por cima sem fretes de transporte, sem taxas aduaneiras nem trâmites burocráticos de qualquer espécie.

Por isso, não ande acabrunhado, este Natal (ainda) vai ter prenda no sapatinho. E nem precisa de o lavar antes de o pôr na chaminé. Assim como assim, fica tudo em família, prendas e calcantes.

Já agora, se andava ralado a fazer contas à vida, anime-se:  em vez de ir comprar presentes nas lojas, sempre tão atafulhadas de gente nesta época, siga o exemplo do preclaro Pai Natal e procure-os no contentor mais próximo de sua casa. Poupa em transportes, poupa tempo e, claro, poupa o seu rico dinheirinho, que de rico só tem o adjectivo, além de contribuir para uma causa solidária - aliviar o trabalho dos almeidas que, vai ser limpinho, poderão finalmente gozar a consoada  com outro sossego, outro asseio.


E, se dúvidas tivesse sobre o elevado grau de responsabilidade, sentido de missão, brio profissional e espírito de sacrifício de São Nicolau, este vídeo vai deixá-lo esclarecido: de costas ou de barriga, por vielas e veredas, à boleia ou às cambalhotas, o seu presente ser-lhe-á entregue.


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