a lucidez de saramago
Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.
José Saramago, Cadernos de Lanzarote, Diário III
Comentários
e acrescento: Pum, tomem lá esta, vão-se F....!!!! anónima (que o decoro não permite a uma srª dizer asneiras, só pensar)