ai que saudades do sócrates!


Era um homem sem palavra, para não dizer mentiroso? Era. Pecava por insensibilidade social? Pecava sim senhor. A sua política foi marcada pela defesa do grande capital contra os trabalhadores? Foi, não há dúvida que foi. Mas, tal como disse e repeti durante a campanha eleitoral, votar PSD era votar no mal pior. O resultado está à vista: a caridadezinha voltou, sob a forma de refugos em fim de prazo, e o assalto à bolsa dos contribuintes vai em crescendo, numa extorsão sem paralelo na história da democracia portuguesa. 

Sócrates era toscamente troca-tintas. Coelho é pior. As suas medidas de moralização e contenção da despesa pública, do fim dos tachos e prebendas aos apaniguados do partido, não passam de operações de cosmética mal amanhadas e que, se há um mês ou dois ainda enganavam papalvo, são agora motivo de indignação. 

A indignação de uns quantos. O resto do país vai alegremente de férias. Está ao sol. Contando os tostões. Sem saber, ou não querer saber, que o pior está para vir. E Passos Coelho sabe que pode contar com este povo manso para prosseguir a sua política de pauperização dos portugueses.

Oxalá me engane.

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