de um português escavacado
Um dia, foi fazer a rodagem do carro novo. Saiu de lá presidente de um partido. De então para cá, e já lá vão uns anos valentes, se sai de cena é por pouco tempo, para preparar o próximo assalto a um poder que não sabe, nunca soube exercer. O percurso tem sido tortuoso, mas sairá vitorioso. Foi primeiro-ministro, é presidente da pobre república, ganhou estatuto, posses, amigos. Dias Loureiro e Duarte Lima, entre outros figurões, fizeram, se é que ainda não fazem, parte do seu inner circle. Foi o pior presidente dos tempos democráticos. O pior que podíamos ter numa altura em que a democracia sossobra. E Portugal com ela. As escutas, o BPN, a Quinta da Coelha, a parca reforma, as pequenas cobardias e grandes pusilanimidades não o afectam. Soma e segue, feliz em Belém, à espera da imortalidade. Que terá, mas não pelas melhores razões.
Imagem: http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com/
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