prosa bárbara
Que faz correr estes homens? Que faz com que, contra tudo e contra todos, até contra cada vez mais dignitários da Igreja e muitos dos seus companheiros de partido, apostem na destruição da economia e no empobrecimento dos portugueses? Que faz com que vendam pedaços de Portugal ao desbarato? Que roubem salários? Que esmifrem impostos? Que provoquem falências em catadupa e o assustador aumento do desemprego? E porque é que ninguém os tira de lá? Porque é que a gente decente, que ainda a há em todos os partidos, não age com mais veemência ainda? Até quando os teremos no poder, a arruinar o que resta de Portugal? Até aos limites do insuportável? Até que todos os portugueses, um a um, vivam mais pobres, mais amargurados, sem rumo e sem esperança?
Correr com estes bárbaros é um dever de todos. Um dever do presidente da República que, em vez de fazer discursos pateticamente sem graça, demonstrando total indiferença pelo povo que jurou representar e defender, deveria estar a travar esta gente ou, até, a expulsá-los do poder.
Todos os dias testemunhamos, na televisão, nos jornais, na rádio, o desespero de milhares de portugueses arrastados para a indigência sem que o governo recue ou mostre, sequer, qualquer tipo de comiseração, mesmo hipócrita, sobretudo hipócrita. Os portugueses foram transformados, quase todos, em números, dados estatísticos, contribuintes sem vida, sem sentimentos nem razão.
De que estamos à espera? Que estale a revolta, uma guerra civil, o caos? Que a ditadura se instale por mais 48 anos? O pretexto será o mesmo: reequilibrar as finanças públicas condenando todo um povo à miséria. Custe o que custar.
Imagem: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/
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