as bacoradas do velho traste
O venerando Belmiro, mais discreto do que Soares dos Santos, o outro merceeiro da Nação, resolveu agora dar um ar da sua desgraça com a afirmação de que "sem mão de obra barata não há emprego".
Um dos homens mais ricos do País, que acumula riqueza à custa dos produtores e do seu pessoal, é mais um a mandar achas para a fogueira, a aumentar a clivagem entre os que sofrem com a crise e os que a atravessam como se nada fosse, aumentando a fortuna, surgindo na lista Forbes dos bandalhos mundiais e augurando, para Portugal, um destino de terceiro-mundo, com uma oligarquia rica e poderosa e uma multidão de escravos ao seu serviço, mal pagos mas agradecendo-lhes as migalhas.
O venerando Belmiro também se encarniçou contra "esse carnaval mais ou menos permanente de manifestações". Diz isto quem se esqueceu dos tempos em que andou mascarado de UDP. O venerando Belmiro não precisa de máscaras. É o que é. Um vampiro. Que a terra lhe seja pesada quando chegar a sua hora porque, foi Jesus quem o disse, não será dele o reino dos Céus. E São Pedro não aceita luvas.
Fotografia: Nelson Garrido (http://www.publico.pt)
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