ouviram todos, portugueses?
Por José Simões
O primeiro-ministro acha inaceitável a indulgência perante a irresponsabilidade. O primeiro-ministro também acha indesculpável uma sociedade política que não tem inteligência e exigência para cobrar a quem governa os resultados que são importantes para o país. O primeiro-ministro ri-se na cara dos portugueses e chama burros a todos os que o elegeram. E se calhar com razão.
O primeiro-ministro da Tecnoforma e do Governo, eleito pelos portugueses, para as grandes empresas à sombra do Estado, também acha que o Estado não pode ficar a pagar eternamente para fazer o que não é preciso. O primeiro-ministro disse que “em pequenino não conta”, já tratámos da nossa vidinha, e da vidinha dos nossos amigos, a partir de agora começamos no ponto zero e tratamos da vossa vidinha, sociedade sem inteligência nem exigência.
Sejamos realistas, extraordinariamente fantástico é a capacidade que o senhor primeiro-ministro tem para fazer discursos onde, alegadamente, critica terceiros, causadores de todos os males da Pátria antes da sua chegada messiânica ao governo da Nação, recorrendo a todo o tipo de argumentos que podem, e devem, ser usados para desmontar a sua governação.
Como na anedota das putas, "chama-lhes filha! antes que elas te chamem a ti".
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