uma descarga de diamantes, outra de bosta
Andou por aí uma polémica com alguns arautos de direita desdizendo a esquerda quando esta defende que os números do desemprego são muito maiores do que aqueles que o governo, e os seus panfleteiros de serviço, anunciam nas desvairadas acções de propaganda a que se entregaram, com mais demência e desusada veemência nos últimos meses na esperança, que pode não ser vã, de ainda conseguirem ser eleitos para um segundo, fatal mandato.
Pois bem. Quem forneceu estes números - que demonstram sem margem para dúvidas que os desempregados ultrapassam largamente o milhão - não foi o PCP, nem o BE, nem Carvalho da Silva, nem qualquer jornalista rasca perdido de amores pela esquerda.
Foram o INE e o IEFP.
Mas as evidências não calarão as vozes dos que dizem que nunca foram criados tantos empregos e melhores empregos como durante o consulado coelhífero. Pois se o próprio artista em pessoa afirma que vamos entrar numa era de prosperidade nunca antes vista em Portugal, porque carga-d'água é que os seus vassalos e comparsas não hão-de prometer a Ilha do Tesouro, o Eldorado, uma descarga de diamantes em cima de cada português, uma caixa-forte para cada um onde cada um possa nadar em dinheiro e na mais nojenta bosteridade nunca vista em Portugal em tempos de democracia.
Arre!
Comentários
E os desempregados que andam a trabalhar?
E os que nunca fizeram nada na vida, nem hão-de fazer!