nas mãos do pequeno deus
Ele também deve amar os seus. Estaline, que foi Estaline, amou os seus. E Hitler. E Mussolini. Ou Trujillo. Ou Idi Amin. Só Salazar não amou os seus porque não teve seus para amar, não contam as amantes de ocasião, menos ainda o onanismo como paixão.
Sim. Ele ama os seus. Duvido porém que ame o seu país ou conterrâneos. A sua pátria é onde está o poder. O seu lar é no tecto do mundo, ao lado dos poderosos, dos senhores do dinheiro, dos donos de vidas e decisores da morte. Duvido que ele nos tenha mais do que desprezo, indiferença nos dias bons. Somos formiguinhas pouco dadas ao trabalho, nada empreendedoras, matreiras, piegas. Somos as formiguinhas que, em ganapo, se entretinha a esmagar com os longos dedos de menino-prodígio. Não lhes ouvia a dor, não lhes sentia o pavor. Tal como agora. Longe da vida, longe do coração.
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