pornografia política
Por causa, como direi?, de um momento de distracção conjugal, pediram a cabeça do Bill. Agora, os mesmíssimos seres que só praticam o acto na posição de missionários, que nunca tiveram pensamentos pecaminosos, que privilegiam a pureza de pensamentos, palavras, obras, tudo perdoam a Trump, que deus o guarde, preserve, conserve por muitos e bons anos nem que seja em álcool ou formol. Não têm conta os deslizes, os desmandos, as aleivosias, gabarolices, mentiras, incorrecções, imprudências fatais cometidas pela criatura de laranja madeixa ao vento, a paz mundial em causa, a economia por um fio, a credibilidade da América de rastos, mas o povoléu exulta, temos homem!, este tem-nos no sítio e é branquinho como o algodão que não engana, se fosse português todos diriam como disseram num desatino do Isaltino de Oeiras City: rouba mas faz. Que periclitantes instituições tem a América para salvaguarda da sua democracia, que já de si nunca foi grande coisa. Os russos ajudaram-no, ao laranjinha de má nota, a ganhar as eleições? Não se passa nada. O gajo passou 12 milhões dos dinheiros da campanha para os seus negócios privados? Nada. Insulta a Hilária e mais quem a apoiar? Nada. Nomeia fascistas, negreiros, gatunos, proxenetas da alta finança, racistas, mad dogs para o seu governo? Nada. Acusam-no de um sem-número de trafulhices, vigarices, idiotices e quais as consequências? Nenhumas. É um idiota inimputável, um herói do povo e do polvo de Wall Street que ele disse ir combater. Foi eleito, eleito está. Viva a democracia. Até que a morte nos separe.
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