o mundo está cada vez mais parecido com sing sing
Sempre que andar pela rua, vá compostinho. Não tire símios do nariz, não lance olhos de carneiro mal morto à vizinha do lado, não imite ornatos bovinos com dois dos seus dedos espetados para o firmamento, não se enfie num descampado para, qual suíno, aliviar um dos seus aparelhos mais íntimos (os intestinos, urge esclarecer), não entre em antros mal afamados como uma gatinha com cio, não se comporte como um urso caso lhe batam no carro, está bom de ver que a culpa não é sua mesmo que vá bêbedo que nem um cacho de uva trincadeira. Quando menos se espera, há uma câmara do Google Street View a espiolhar-lhe os movimentos para, de uma vez por todas, sem apelo nem agravo, lhe dar cabo da reputação que tanto lhe tem custado a manter sem o mais leve resquício de mácula. Vá por mim que vai bem.
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