a mama acabou
Por mim, não mais dou crédito aos actuais políticos. Crédito a fundo perdido. Crédito em que nada recebo em troca, antes o volto a pagar e a juros de agiota. Pago nas Finanças, pago na mercearia, pago no hospital, pago na escola, pago na bomba de gasolina, pago taxas, pago emolumentos, pago coimas e cauções, aumentos atrás de aumentos. E, sempre que pago, o Estado-criminoso aponta-me a pistola e exige-me mais dinheiro. Dinheiro para mordomias. Dinheiro para luxos. Dinheiro para salários obscenos. Dinheiro para carros topo de gama. Dinheiro para assessores e assessores dos assessores. Dinheiro para viagens em executiva. Dinheiro para deputados em algazarra de putedo fino. Dinheiro para reformas antecipadas. As deles. Dinheiro para duplas e triplas reformas. As deles. Dinheiro para obras de fachada. Dinheiro para luvas, sacos azuis, colarinhos brancos, gatunos engravatados. Dinheiro para robalos, patuscadas, farras de marafonas e vinho verde. Dinheiro para isto. Dinheiro para aquilo. Chega. Por mim, a mama acabou. A vaca secou. Espichou.
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