já somos crescidinhos, não nos deixemos enganar
Anda por aí um grande furor à volta de Passos Coelho e da sua integridade. Que não vai trocar Massamá por S. Bento, dizem alguns. Que acabou com os governadores civis, proclamam outros. Que foi para Bruxelas em turística, comovem-se os demais.
Vamos lá ver se a gente se entende de uma vez por todas.
Não sei se Passos Coelho está a ser sincero ou se tudo isto não passa de puro calculismo e demagogia política para, daqui a uns tempos, virmos a constatar que a repartição de tachos e alcavalas continua.
Mas, mesmo que Passos Coelho seja sincero nas suas intenções de promover uma limpeza na classe política e na sua actividade mafiosa, o que só lhe fica bem (e, se o fizer, ficará para a história como o primeiro desde há décadas que teve essa coragem), isso não deve fazer-nos ignorar quem é Passos Coelho e ao que vem: Passos Coelho é um fervoroso neoliberal, escolheu ministros admiradores confessos de Milton Friedman, vai promover a destruição do Estado Social, privatizações selvagens, o enriquecimento ainda maior de alguns em detrimento de milhões de portugueses.
Íntegro, até pode ser que seja. Mas isso não chega para fazer um homem bom.
Comentários
O seu comentário parece-me mais uma tentativa pouco fundamentada de mal dizer gratuito, talvez para acender um rastilho e minar opiniões nos que andam mais distraídos e desinformados. Gostaria que me definisse "homem bom". Ah, já agora, a quem se refere como Milton Freeman, deverá ser Milton Friedman, o que não será de todo descabido e prova que o seu inconsciente parece mais lúcido que
o seu consciente , uma vez que "Freeman" significa, traduzindo, "homem livre". Talvez até possa querer dizer que não conhecerá o referido senhor, tão bem como quer fazer passar.
Quanto à sua brilhante dedução em relação ao meu lapso no apelido de Milton, achei graça, é uma piada da sua parte, agradeço-a.
Não, não sou economista, não conheço a "obra" de Milton Friedman a fundo, deveria? Mas tenho lido, e bastante, sobre o rasto que deixou na Terra.
Uma palavra final para essa atoarda, desculpe se a palavra lhe parece demasiado pesada, de que andarei por aqui, qual guerrilheiro, a minar opiniões. Não estou. Dou apenas a minha. Aquilo que eu sinceramente penso. Não é pecado nem crime. Já foi.
http://ouropel.blogspot.com/2011/06/ora-ca-esta-o-que-e.html