quando o governo acabar com o serviço nacional de saúde, se ficar doente e não tiver dinheiro para se tratar tem aqui a solução
Ainda dizem que os portugueses são uns desenrascados. Este desempregado norte-americano, que até nem tem ar de má pessoa, não possui nem dinheiro nem seguro de saúde (aquilo que os neoliberais do nosso governo querem que compremos em alternativa ao SNS, como se sabe os neoliberais raramente se enganam, nunca têm dúvidas e os erros colossais desta política malfazeja em todo o mundo não os aquece nem arrefece). Pois o nosso herói precisava de tratamento médico urgente e não foi de modas: roubou um dólar num banco, foi preso e, assim, teve direito a assistência gratuita. Tiro-lhe o chapéu!
Mas James Varone, o nome do meu ídolo a partir de agora, quer mais. Quer ficar na prisão até atingir a idade da reforma, receber a pensão a que tem direito e poder ter uma casa dele.
Assim vai a América, o paraíso capitalista, e assim iremos nós se não travarmos a destruição do Estado Social.
Erigir mais hospitais? Não precisamos! Construam-se prisões e mude-se o pessoal médico para lá com a traquitana toda. Os hospitais que já existem podem ser convertidos em hotéis, prédios de habitação, edifícios de escritórios e o Estado sempre ganha uns carcanhóis a mais para pagar a dívida externa. E ajudar os bancos porque, com assaltos desta natureza, se não forem auxiliados abrem falência não tarda. Como Passos Coelho disse ontem e disse muito bem, no seu discurso de tomada de posse, é preciso socorrer os mais necessitados.
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