chamem a polícia!
Estar sob os olhares da finança internacional e dos seus paus-mandados europeus tem perigos destes: hoje a Europa descobriu, pasmada, que tem um Estado federado chamado Madeira, uma espécie de enclave grego na Europa ocidental. Descobriram também que por lá o défice derrapa em 11% do PIB local, que o défice da República é agravado pelo ogre madeirense e mais ainda: que as contas da Região são aldrabadas.
Falta agora a União Europeia e o mundo descobrirem o resto: que o dinheiro é gasto a alimentar o clientelismo e a corrupção da recidiva salazarista da Macaronésia, a praxis anti-democrática indígena e a chantagem separatista. A pergunta fatal virá: e as autoridades centrais nada fizeram para asfixiar o monstro? E a classe política continental não poderá alegar desconhecimento, porque há décadas que o Tribunal de Contas detectava derrapagens e espertalhices contabilísticas na Bananalândia. E o anedotário político nacional entronizou Alberto João Jardim no papel de «bobo da corte» da 2ª República. Todos sabiam, e todos se habituaram a fechar os olhos, largar umas piadas entre o complacente e o cúmplice, e deixar correr.
Se algo de bom pode sair do regime troiquista em que vivemos, é matar alguns destes «elefantes na sala». É necessário que a atitude política nacional face ao jardinismo mude. Não basta Cavaco dizer banalidades de circunstância. O «sr. Silva» sabe que o problema não começou ontem nem é conjuntural. Se fosse Presidente de todos os portugueses, falaria alto e grosso. A um nível mais secundário, o líder do PSD deveria retirar o seu apoio político ao jardinismo. Não pode exigir sacrifícios a todos, falar em «responsabilidade criminal» por má gestão, apontar o dedo a Sócrates e simultaneamente apelar ao voto na pior gestão da República. Quanto à oposição, também deveria fazer algo mais do que apresentar-se a eleições dividida e apática.
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