e não os podemos mandar à outra parte sem lhes faltarmos ao respeito?
Se é que nos merecem algum respeito.
Todo o país exige, da direita à esquerda, cortes na despesa de um Estado gordo e podricalho. Ele são as alcavalas de deputados, as reformas chorudas, as frotas automóveis de alto luxo, as fundações, os ordenados de escândalo, os organismos públicos de que pouco ou nada servem, os gastos perdulários, a lista é infindável e representa uma larga fatia dos gastos que todos pagamos, cêntimo a cêntimo, com impostos cada vez mais elevados, escandalosamente elevados para o que recebemos em troca.
Mas onde é que o governo, afinal de contas, vai cortar? Na qualidade de vida dos cidadãos. Na saúde, na educação, na segurança social. Vão bugiar. Ou morrer longe. Ou à fava. Ou àquela parte.
Aqui está, segundo o Expresso, uma súmula dos cortes:
SAÚDE
€309 milhões Revisão da tabela de preços do Serviço Nacional de Saúde, plano de redução de custos nos hospitais, a rentabilização da capacidade hospitalar e a reavaliação dos pagamentos ao setor convencionado.
€249 milhões Revisão do modelo das taxas moderadoras e avaliação do financiamento dos hospitais.
€183 milhões Promoção do uso de medicamentos genéricos e revisão dos preços dos medicamentos.
€68 milhões Prescrição eletrónica e monitorização de medicamentos.
EDUCAÇÃO
€109 milhões Suspensão de ofertas não essenciais no ensino pré-escolar, básico e secundário.
€114 milhões Ensino superior.
€70 milhões Ajustamento dos critérios para a mobilidade docente.
€13,3 milhões Despesas de funcionamento dos gabinetes do Ministério e nos serviços centrais e regionais.
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