vales, varas e valas-comuns
Vala-comum, pintura de Itzhak Belfer |
O cancro está diagnosticado mas nada se faz para o extirpar. Há anos, há décadas que dizemos mal dos políticos mas, mal abrem as urnas, acorremos a dar o voto aos políticos que transformam as urnas em caixões, os nossos. Onde sepultamos esperanças, sonhos, aspirações.
E aqui chegámos. Mais pobres, mais desprezados, mais explorados. Aqui chegámos. E por aqui não ficaremos. A cova abrir-se-á mais fundo. Será a vala-comum de progressos nunca alcançados, de futuros sempre adiados.
Em liberdade ficarão os Azevedos, os Limas, os Varas, os Loureiros. Nós, na prisão. Portugal.
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