o que nunca foi feito
A lista que se segue - e muito mais haveria a acrescentar - já corre na net desde os tempos de Sócrates. Desde então, e apesar das múltiplas promessas de Passos de que iria "limpar" o país, que progressos foram dados a não ser, claro está, o de espremer os trabalhadores até à asfixia? Confira, faça contas e verá que nada se passou, nada do que queríamos, nada do que se queria que Passos fizesse, aconteceu. Muito antes pelo contrário.
· Se faça um controlo rigoroso dos gastos na despesa pública, através de uma melhor racionalização e gestão dos recursos humanos, produtos e equipamentos. Nunca através do corte cego nas despesas, com prejuízo evidente na qualidade de vida das populações, como tem sido levado a cabo nos últimos anos, mas sim através de uma melhor utilização desses recursos e da eliminação de despesas supérfluas ou inspiradas em interesses obscuros;
· Se reduza o número de deputados da Assembleia da República e se elimine grande parte das suas mordomias (reformas antecipadas, ajudas de custo injustificáveis, viagens supérfluas, subsídio de alojamento e outros);
· Se extingam as centenas de Institutos e Fundações que não tenham evidente utilidade pública;
· Se acabe com a renovação sistemática da frota automóvel do Estado, ajustando-se o seu plafond, quando absolutamente justificável a aquisição de viaturas, para níveis consentâneos com a situação económica do País; regularizar o uso das mesmas, de forma a não serem utilizadas a não ser para o fim a que se destinam, ao serviço do Estado;
· Se cancelem os milhares de pareceres jurídicos requeridos, pelas mais variadas instâncias públicas, a grandes sociedades de advogados a elas de alguma forma afectos, eliminando de vez este sorvedouro de dinheiros públicos e este tráfico de influências que urge criminalizar;
· Se impeça que uma mesma pessoa beneficie, entre o Estado e entidades privadas, de mais do que uma reforma, com a agravante de que muitas dessas reformas são fruto de curtos períodos de prestação de serviço público, como tal condenáveis quanto mais não seja sob um ponto de vista moral e ético;
· Se limitem, de uma vez por todas, os salários e bónus dos gestores de empresas públicas, absolutamente escandalosos quando comparados com os de países de níveis salariais bastante mais elevados do que Portugal;
· Se extingam de imediato todas as PPPs (Parcerias Público-Privadas), que mais não são do que formas habilidosas de passar, para entidades privadas, empreendimentos de responsabilidade estatal, sem qualquer controlo de custos, quase sempre exorbitantes, pagos pelos contribuintes portugueses;
· Se criminalize, sem subterfúgios nem protelamentos de qualquer natureza, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os responsáveis pelo desvio de dinheiros públicos;
· Se controle a actividade bancária, de forma a nunca mais serem possíveis operações financeiras especulativas de alto risco, pondo em causa a própria sobrevivência de Portugal como nação;
· Se taxem devidamente os bancos e se eliminem as off-shores;
· Se acabe com a fuga ao fisco e a fuga ilegal de capitais para o estrangeiro.
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