Olhei para a televisão e pensei que estava a delirar. Ou que levei bordoada da polícia e fiquei a bater mal.
Hoje houve festa, e de arromba, para entrega do Nobel da Paz. Estavam lá, num salão de luxos dourados e engalanados nas melhores farpelas, os senhores que mandam em nós, os lordes que mandam na União Europeia que manda nos senhores que mandam em nós e, os últimos são sempre os primeiros, a dama alemã que manda nos lordes que mandam na União Europeia que manda nos senhores que mandam em nós. Num continente minado pela guerra económica, e o mais que se verá adiante e não vai ser bonito de se ver, onde cada dia que passa deixa um rasto de mendicidade, desespero e suicídios, os senhores, os lordes e a dama responsáveis por este dano (colateral, dizem eles) ufanaram-se, bufaram de contentamento e louvaram a paz na Europa, a construção da Europa, o bem-estar da Europa, a justiça social da Europa e não sei quê nem que mais porque dei por mim a barafustar sozinho e a soltar uma furtiva lágrima. Pela Europa. Pelos seres humanos da Europa. Agora gado.
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