carnes para abate
O Mexia, o tal que ganha não sei quantos mil, que vive à grande não sendo grande coisa, apenas mais um espertalhaço que saltou de um governo para os braços da EDP, diz que, se o Tribunal Constitucional se continuar a portar mal, a defender a dignidade dos portugueses, a pouca que lhes sobra do terramoto coelheiro, aqui d'el-rei que vamos ter que pedir um segundo resgate.
Curioso, já ontem um qualquer organismo financeiro, não me lembro se agência de rating ou outra dessas instituições chulas que mandam mais do que os governos, substituindo os políticos na governança dos povos, veio dizer que, se as eleições não correrem de feição aos partidos no poder, se os portugueses não forem a correr às urnas para louvar os mortos-monstros da lusitana coelheira, aqui d'el-rei que vamos ter que pedir um segundo resgate.
Ou seja, ou os tugas têm juizinho ou levam ainda mais no focinho: mais assaltos aos salários, às pensões, às prestações sociais, à Saúde, à Escola Pública, a tudo o que faz um país.
Isto, nos meus tempos de juventude, chamava-se chantagem e da mais sórdida. Pelos vistos, agora, é um mero raciocínio económico dentro do qual nós, os tugas, os rafeirotes da Europa, os perdulários, os madraços, somos meros números, bestas de carga, contribuintes do confisco, eleitores dos grã-senhores. Activos, somos servos. Reformados, doentes ou desempregados, somos estropícios, desperdícios, menos que o cão do Mexia se é que o cão tem cão.
O que vale é que, amanhã, os alemães nos vão salvar, elegendo mais uma vez a imperatriz Merkel, a grande meretriz do velhíssimo Continente, a madona do deus dinheiro, a mandona, a matrona. Podemos assim contar com mais uns anos a viver de joelhos, genuflexando, de calças na mão, perante os mercados e a puta que os pariu a todos.
Nem uma palavra menos: a puta que os pariu a todos.
Nem uma palavra menos: a puta que os pariu a todos.
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