lá vai graça, lá vai moura!

Ai a graça que o Graça tem!

Alma caridosa chamou-me a atenção para o artigo "Duas Vergonhas Nacionais" que Graça Moura, o intelectual-gestor ou o gestor-intelectual, dedicou a Mário Soares e aos polícias que se manifestaram na semana passada

Vou fazer os possíveis para poupá-lo, leitor amigo, aos escarros de Vasco, mas há um ou dois pedaços de prosa exemplar que deve ler, quanto mais não seja para ganhar anti-corpos ao Graça, se é que já não os tem:

No mesmo dia, Lisboa, a capital de um país da União Europeia chamado Portugal, foi cenário de duas manifestações que envergonham a democracia e o País.

No caso da horda policial ululante (e parece que parcialmente armada) que ultrapassou as barreiras que a polícia tinha instalado na escadaria da Assembleia da República, não foram apenas postas em questão, e em termos da maior gravidade, as regras formais e substantivas atinentes à disciplina, à cadeia de comando, à missão das forças da ordem, à segurança da sede daquele órgão de soberania

(...)

Os efeitos desta vergonha nacional, por muitas medidas que sejam tomadas - e bem! - pelos poderes públicos, levarão bem mais tempo a dissipar-se do que levou a evaporar-se a água com que, em tempos da governação Cavaco Silva, foi dispersada no Terreiro do Paço uma manifestação de insubordinação e indisciplina semelhante. 

(...)

A segunda vergonha nacional traduz-se na já consabida propensão do dr. Mário Soares para a obscenidade política. 

Se não chega, leia mais depois de clicar no link que se segue. Mas não diga que não o avisei: o Graça não tem graça, é uma desgraça, uma farsa que, da Imprensa Nacional e do Parlamento Europeu ao CCB, tem vivido a vidinha à sombra dos seus, daqueles que defende com unhas, dentes e uma pena envenenada. Mas, com melhor ou pior estilo literário, capazes de escrever atoardas somos todos nós e eu saio-me com esta: envergonha-me que Portugal tenha um Moura, por muito que lhe elogiem o génio e a obra. E olhem que estou a ser de uma brandura quase beata, a merecer canonização.

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