este homem faz tudo para que não votem nele



Cada tiro, cada melro. Não há dia nenhum em que a criatura, no seu afã de mostrar que tem ideais e ideias, não profira um ou dois dislates dos maiores: desde a subida de impostos às privatizações, da saúde à educação e agora até ao aborto, o homem mete-se em temas onde a maioria dos portugueses não quer mais mexidas, sobretudo se forem medidas que lhes vão esvaziar o já mal fornido bolso. Ou seja: Passos, perdidos está bom de ver, faz com que mais e mais pessoas decidam não votar PSD. A ver vamos, mas está-me cá a parecer que ainda não é desta que o partido pode dizer isto de um seu líder: veio para ficar.

Passos Coelho quer rever lei do aborto e admite novo referendo

Por PÚBLICO

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, quer rever a lei do aborto e admite um novo referendo sobre a matéria. Em declarações ontem à Rádio Renascença, Passos Coelho lembra que sempre defendeu a legalização do aborto mas frisa que é preciso, passados quatro anos, ver o o que correu bem e o que correu mal.
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“Eu acho que precisamos fazer, tal como, de resto, estava previsto, uma avaliação dessa situação. Eu estive, há muitos anos, do lado daqueles que achavam que era preciso legalizar o aborto – não era liberalizar o aborto, era legalizar a interrupção voluntária da gravidez. Porque há condições excepcionais que devem ser tidas em conta e não devemos empurrar as pessoas que são vítimas dessas circunstâncias para o aborto clandestino. Mas não fui favorável a esta última alteração, na medida em que me pareceu que o Estado tinha obrigações que não cumpriu”.

No espaço de fim de tarde, “director por uma hora”, onde personalidades de vários quadrantes, convidadas pela Rádio Renascença, conduzirão, durante a campanha a emissão informativa por uma hora, e que ontem contou com a edição de Sandra Anastácio, directora da Ajuda de Berço, Passos Coelho defendeu que a actual lei instituiu “uma espécie de liberalização em que muitas das mulheres que se vêem confrontadas com essa necessidade acabem por enfrentar outro tipo de problemas do que aqueles que motivaram a sua decisão drástica”.

E acrescentou: “Hoje, é muito fácil as pessoas poderem evitar esse tipo de situações, desde que actuem com alguma rapidez, desde que o Estado e a sociedade dêem informação necessária às pessoas”.

Ultimada a revisão da lei, Passos Coelho admite submeter o assunto de novo a referendo.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse ter ouvido "com estranheza" a proposta do líder do PSD de reavaliar a lei do aborto, considerando que seria "um retrocesso" se as mulheres voltassem a interromper a gravidez na clandestinidade.

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