quero ver passos careca
Depois desta guerra acabar, quero ver Passos, e Portas, e Montenegro, e Amorim, e Albuquerque, e Mota, e Gaspar (não esqueçamos o Gaspar!), e os Macedos, e a Cruz e a Cristas, todos eles e muitos outros, em trajes menores e de calva à vela. Tal como, depois da II Guerra Mundial, se puniram os que colaboraram com os nazis alemães, as putas de serviço, os pulhas ao serviço dos sanguinários. Porque Passos, e Portas, e Montenegro, e todos os outros, mais não são do que colaboracionistas dos alemães nesta guerra intestina onde já há mortos e feridos e doentes recusados nos hospitais. Já aqui o tenho dito, e repito sabendo que não conto um conto nem acrescento um ponto: somos os judeus do século XXI, a raça menor culpada de todos os males. Estamos sob ocupação estrangeira. E temos mais do que um general Pétain, temos um Cavaco que escavaca o prestígio da presidência a cada dia que passa, temos um Mamede que infesta as nossas vidas de terror, de carências, de medo de viver, temos um Portas de portas escancaradas à abjecção, à traição, à maldição. Quero vê-los a todos carecas. Em calcinhas e sutiã, em boxers, em cuequinhas de fio dental, roupa da fina, de marca. Açoitados, se para tanto nos der a raiva, na praça pública. Já não peço que se lhes dê o destino de Mussolini. É preciso honrar os brandos costumes, os padrões civilizacionais, a caridade cristã. Que se faça justiça, mas não a que serve Isaltino, Oliveira e Costa, Duarte Lima, Felgueiras ou Valentim. A que lhes sirva de lição. A que lhes sirva de emenda. Porque a História, esta história, não se devia estar a repetir. E ainda as tropas não saíram dos quartéis, ainda a procissão não saiu do adro.
Comentários