o bacanal das ratazanas
Hoje houve reunião magna lá para as bandas do PSD.
PPC discursou.
Para dizer que lhe podem esmiuçar à vontade as contas, dívidas, declarações, cartas registadas, o que aprouver aos senhores jornalistas ao serviço do contra. Até podem encontrar mais qualquer coisita que ele é humano como outro qualquer (embora não pareça) mas, olhai senhores, terá sido por lapso, se calhar por esquecimento, quiçá um erro na interpretação da lei, a culpa é do contabilista, dos repórteres metediços, dos inimigos, amigos da chicana política, da intriga palaciana, das escutas em Belém, das contas na Suíça, do ténement à Paris, da loiça das Caldas, do Licor de Merda, dos caralhetes algarvios, dos tomates do padre Inácio, pode não ter havido infante mas que ali houve moinante e marosca já não há dúvida, tantos portugueses o crêem, os mesmos que acreditam no Pai Natal, nos contos da Carochinha que é formosa e bonitinha, nas promessas eleitorais em que se jura "dar" para depois "roubar" sem que ao Inferno se vá parar.
A verdade é só uma, a de PPC e ai de quem se atreva a apontar mais alguma: a fortuna nunca lhe sorriu, vive dos rendimentos, um assalariado como Amorim, um quase operário em construção, um podre de pobre, a Tecnoforma foi um erro de secretaria - não foi Mota Soares? -, não enriqueceu no desempenho de cargos públicos - ouviste Sócrates? - e não favoreceu ninguém a não ser Merkel, e os ricos entre os ricos, e os mercados, e o FMI, e o BCE, e a União Europeia de Barroso, o Durão, não aquele que saiu do PS de candeias às avessas por causa do devaneio de Costinha com os investidores chineses, vá lá, vá lá, nem tudo é Mao no Tó embora tenha saudades do outro, com o Tozé era um descanso, um seguro, favas contadas.
PPC discursou. Toda a gente gostou. Teve palminhas. Bisou.
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