ajudas do estado? uma ova!

Por Rui Dias José (Jornalista)
Fonte: Facebook

Estou enojado! Envergonhado! E não me venham dizer que não devo empregar estes termos em relação a trabalho de outros jornalistas. Claro que tenho esse direito: não há solidariedade corporativa que sirva para filtrar desonestidade intelectual e quebra de princípios éticos.

Estou deliberadamente a empregar os termos “fortes” que julgo adequados ao teor de uma “peça” que há bocado passou pelo Telejornal. da RTP. Pretendiam aqueles senhores convencer-me que as “ajudas do Estado” – o termo não é meu - acompanham a vida toda do cidadão.


“Ajudas do Estado”? E o meu dinheiro? As contribuições obrigatórias para a Segurança Social? Quando eu estou doente o Estado ajuda-me? Se estiver desempregado o Estado ajuda-me? Alguém é capaz de explicar aquela gente (distraída? Imberbe? Inculta?) que o tal Estado se limita a “devolver-me” uma parcela daquilo que me obriga a descontar?

Na “peça”, a manipulação foi levada ao extremo de afirmarem que o cidadão antes de nascer já estava a ser alvo das “ajudas do Estado”, a propósito dos Subsídios de Maternidade? Quem os paga? O Estado? Ou as nossa quotizações para a Segurança Social?

Uma manipulação levada ao extremo de, deliberadamente, se misturarem Subsídios de Doença e abono de família, com “rendimentos mínimos” e “acção assistencial de igrejas e misericórdias”.

Um nojo! Ou a necessidade de conservar o emprego já é (para alguns) justificação suficiente para que um jornalista tenha de rastejar? 

Rui Dias José

PS – Como estas minha palavras de indignação e revolta irão surgir noutros locais, quem se sentir ofendido por elas poderá actuar da forma que entender como mais adequada e conveniente. Eu não retiro nem uma vírgula.

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