anda, pacheco!


Muita coisa me separa de José Pacheco Pereira. E muito nos une. Porque José Pacheco Pereira não foi daqueles que, no PSD, aderiram cegamente ao chefe, abanam a cabecinha ao chefe, votam no parlamento o que o chefe quer, papagueiam o que o chefe manda, governam como o chefe acha que o País deve ser governado. E desfigurado. E humilhado. E empobrecido.

Subscrevo, palavra por palavra, as palavras que se seguem, extraídas de um artigo de Pacheco Pereira publicado ontem no Público:


"Por tudo isto, depois de amanhã vamos acordar na antecâmara do Inferno. Pensam que estou a exagerar? Na verdade, nestes dois anos, a realidade tem sido sempre pior do que a minha mais perversa imaginação, porque as coisas são como são, tão simples como isto. E são más. A partir de amanhã, haja convulsão mansa no PSD, ou forte no PS, acabarão por milagre as pontes, túneis e medicamentos gratuitos, que ninguém fará, nem pode fazer, e vai começar o discurso puro e duro da violência social contra quem tem salários minimamente decentes, quem tem emprego no Estado, quem recebe prestações sociais, quem precisa de serviços de saúde, quem quer educar os seus filhos na universidade, quem quer viver uma vida minimamente decente, quem quer suportar uma pequena empresa, quem paga, com todas as dificuldades, a sua renda, o seu empréstimo... "

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