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A mostrar mensagens de maio 12, 2013

fátima e vaselina e que deus me perdoe

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São imagens de Fátima em tempos que já lá vão. Vão mas voltam. Ontem jogou o Benfica e, só para dar um exemplo, o Terreiro do Paço meteu mais gente do que em muitas manifestações onde se grita pela vida, pela dignidade, pela justiça social. Isto vai meus amigos, isto vai. O Cavaco lembra Tomás. Olhamos para Coelho e evocamos Salazar. A pobreza alastra. A era da sardinha para quatro ou cinco não tarda aí. É só nós querermos. E queremos. Bebamos vinho e alimentemos um milhão de portugueses. Celebremos o império. Festejemos as vitórias do Benfica, do Sporting, do Porto, da Académica, do Belenenses, sobretudo do Belenenses, clube do Tomás que já não ia lá desde a última vez que lá foi, e reparem como a História se repete, há mouros na costa e balhelhas em Belém. Isto vai meus amigos, isto vai. Se não vai a bem vai a mal. Custe o que custar. Sem pieguices. Vai nascer um novo Homem, a bem da Nação, atento, venerador e obrigado, vergado a poderes e foderes. Isto vai. Olá se

tijolo a tijolo

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Por Fernando Dacosta http://www.ionline.pt Os portugueses sabem hoje que os contratos feitos ontem não são garantia de nada, que a corrupção, o surripianço, a vigarice, a impunidade se tornaram morais, que viver dentro das suas possibilidades significa a miséria na comida, na saúde, no agasalho, na assistência, na educação, na cultura, no conforto, significa não ter aquecimento no Inverno, recorrer às meias-solas nos sapatos, aos fatos virados, à carne duas vezes por ano, à autocensura; significa descrer dos que combateram pela democracia, pela liberdade, pela justiça, pelo desenvolvimento. Como mobilizar as pessoas se elas apenas vêem ser premiados os carreiristas, promovidos os subservientes, festejados os oportunistas, retribuídos os videirinhos, protegidos os corruptos? A distância entre nós e a Europa (somos o país dela onde menos se ganha e mais se retribui) aumentou, afinal, com a integração comunitária, com a moeda única, com a (ludibriante) ajuda dos seus fu

a perfídia anda por aí

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Por Baptista-Bastos http://www.dn.pt/ Na história da democracia portuguesa nunca tão poucos fizeram tão mal a tantos. Ao mesmo tempo que a cègada política transforma as nossas monumentais perplexidades numa exasperada interrogação: que mais nos irá acontecer? O rol de indignidades é extenso e não deixa de aumentar: mentiras, omissões, faltas à palavra e aos compromissos, desprezo por todos nós, ocultação de factos e de decisões, por aí fora. Este fim-de-semana, Paulo Portas continuou a não contradizer a natureza do seu carácter, que se distingue pelo ambíguo e pela duplicidade. Denegou o que, uma semana antes, grave e sumptuoso, afirmara: não toleraria a aplicação de uma taxa às pensões e às reformas. Ele sempre foi assim: pensa a política como um jogo de pertenças múltiplas, e os políticos não devem ser julgados através de padrões morais. As circunstâncias é que determinam, explicam e justificam os seus actos e as suas condutas. Segundo Paulo Portas, a democracia não se

revelado o terceiro segredo de cavaco

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Por Ferreira Fernandes http://www.dn.pt Andavam Aníbal e Maria a passear o rebanho, não na Cova de Iria, mas no Poço de Boliqueime, quando viram dois clarões como se fossem relâmpagos. Nesse momento, viram em cima de uma azinheira uma Senhora vestida de branco e mais brilhante do que o Sol. Que disse: "Não tenhais medo." E Maria: "Donde é Vossemecê?" O rebanho não se surpreendeu, já se habituara a ver Maria muito afoita de conversa. O Aníbal é que não percebia nada, porque enquanto a prima via, ouvia e falava com a Senhora, ele só via mas não ouvia. A primita segredou-lhe ao ouvido e então ele virou-se para o rebanho [leitor, por favor, leia os telexes da Lusa para ver que não é o cronista que endoidou] e disse: "Penso que a sétima avaliação foi uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima. É o que a minha mulher diz." O rebanho ficou espantado: 1) porque não sabia que os primos se tinham casado; 2) porque aquilo era a primeira aparição e não a sétim