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A mostrar mensagens de janeiro 5, 2014

é preciso expulsar os vendilhões do templo

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Já era de esperar: Álvaro Santos Pereira, o ex-ministro da Economia, ou a sombra de um ministro, ou o fantasma de um ministro, arranjou emprego como nº 2 da OCDE. José Luís Arnaut foi nomeado para um alto cargo no cói de bandidagem a que alguns ainda ousam chamar banco, a Goldman Sachs. Vítor Gaspar, coitado, não teve a mesma sorte e arrasta o corpo e a voz pelos corredores de um (pouco digno dele) Banco de Portugal, mas o futuro pertence-lhe, tão novo ainda e já com tão boas provas dadas. A Pedro Coelho estará destinada a mais gorda fatia do bolo porque quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, já se sabe, ou é tolo ou não tem arte, e a gente já conhece, de ginjeira, os dons e artimanhas do artista. Cá se fazem, cá se pagam. Os ricos, os muito ricos, não os simples bem abonados, compensam regiamente os seus serviçais. Todos terão um poiso dourado, um ordenado chorudo, e rir-se-ão de nós, os otários que lhes aturámos os roubos e abusos. Esta economia mata, não so

AVISO: descongelar antes de usar

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não há pobres em portugal

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http://www.superstock.com Palavra de honra que não entendo o escarcéu à volta do aumento de impostos, porque de imposto se trata, dos reformados que recebem 1.000 euros ou mais de pensão para não fazerem a ponta de um corno. É que a palavra diz tudo: mil. Se recebem mil, está-se mesmo a ver, são milionários. Sempre ouvi os energúmenos de esquerda vociferar "os ricos que paguem a crise". Este governo, muito à frente, fez-lhes a vontade. Os ricos estão a pagar as dívidas dos bancos e o executivo, benemérito, generoso como só Pedrito Coelho e os seus amigos podem ser, poupa os remediados, todos os que ganham menos de 1.000 euros. Ora digam-me lá se isto não é justo?! Não há pobres em Portugal. Há ricos e remediados. Os desempregados, os velhos, os doentes e os milionários estão protegidos em Portugal. Sob o manto benfazejo de gente comisera, pia, de mãos largas e coração grande. Bem-hajam!

escorpiões enlatados

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O governo, e os comentadores a ele engajados, e os políticos a ele acorrentados, não cessam de proclamar que a economia deu a volta, que nunca esteve tão bem, que o desemprego está a baixar. Diogo Feio, a feia criatura do CDS, por dentro que por fora nem bitates dou, teve até o desplante, ontem, de afirmar que se estão a criar novos empregos graças à política económica da comissão liquidatária de Portugal chefiada pelo Mamede em festa, Passos para uns, Coelho para outros, um palavrão para os demais. É preciso ter lata! Em dois anos, o governo liquidou mais empresas e empregos e obrigou a uma descida de salários como nenhum outro se atreveu em Portugal nos anos de democracia. Estamos, quase todos, mais pobres do que estávamos quando Mamede veio fazer uma ... isso que o leitor está a pensar. Se a economia deu a volta para melhor foi para os abutres do capital desvairado, os especuladores, os mafiosos, os oportunistas, os chulos do trabalho alheio. Para esses sim, não há crise, a

sobre a televisão em dia de funeral

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Ontem, todos os canais portugueses, os generalistas e os de informação, estiveram praticamente o dia inteiro a acompanhar as cerimónias fúnebres de Eusébio. Abutres à volta da carniça que dá audiências. Horas e horas de momentos de televisão em que nada acontece e, como os repórteres nada têm para relatar, palram. Palram demais. Do rei. Do king. Do maior jogador de todos os tempos. Eusébio é Portugal e Portugal é Eusébio. O jogador global etc. e tal. Frases bacocas, frases tolas, frases redundantes, frases pomposas, num português titubeante e tantas vezes medíocre. Eusébio merecia melhor. E nós também. Os telejornais imitam os piores tablóides. O resto da programação limita-se às telenovelas, enlatados, música pimba e reality shows a rondar a abjecção. Os apresentadores e enternainers são fabricados em proveta e escrevem livros, muitos livros escrevem eles, best sellers da moda que se vendem no supermercado a preços sensacionais, como se fossem vinho ou iogurtes ou tremoços ou

quem não deve, não treme

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Que dizer de um presidente que mais não é do que uma mera correia de transmissão do governo? Às vezes, só às vezes, e parece-me que só quando essas vezes lhe tocam directamente na carteira, mostra sinais tímidos de rebelião, logo abafados por outros ditos e dichotes que mostram de que lado está, da economia que mata.  A razão por que os portugueses o elegeram duas vezes primeiro-ministro e duas vezes presidente da República é um mistério que, para mim, permanece insolúvel. Não tem carisma, não tem figura de estadista, não tem pulso, não tem ponta por onde se lhe pegue. É um mal que arrastamos connosco há demasiados anos.  Desacreditado, desautorizado, desmoralizado, abandonará a presidência sem que lhe tenhamos conhecido uma palavra, um gesto, uma iniciativa que honre a sua passagem por Belém. Faz-nos passar as passas do Algarve. Que volte para Boliqueime e que por lá fique a gozar as pensões que não lhe chegam. Não deixará boas recordações de um tempo em que mais preci

um chá de adrenalina

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Perto da cidade chinesa de Huayin, existe uma casa de chá. Mas não é uma casa de chá qualquer. Para se lá chegar é preciso desafiar a morte, e são muitos os que o fazem, a popularidade do local é cada vez maior. Se sofre de vertigens, se tem pânico das alturas, se tem amor à vida ou, o mais provável, falta de dinheiro para ir até lá, limite-se a olhar para as fotografias e para os vídeos. Vai-lhe chegar e sobrar. Todas as fotografias recolhidas em: http://masterok.livejournal.com

um apartamento em paris

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Falemos de coisas fúteis, que desta vez vale a pena. Receando os nazis, uma mulher refugia-se no sul de França e, por razões desconhecidas, nunca mais voltou à sua casa em Paris, que deixou abandonada durante cerca de 70 anos. Só após a sua morte, aos 91 anos, o apartamento foi reaberto, descobrindo-se um verdadeiro tesouro em mobiliário, objectos decorativos e obras de arte. Um dos quadros encontrados no espólio, atribuído a Giovanni Boldini, foi avaliado em 3 milhões e meio de dólares e retrata a actriz Marthe Florian, avó da dona da casa. Getty/ http://twistedsifter.com Getty/ http://twistedsifter.com Getty/ http://twistedsifter.com Getty/ http://twistedsifter.com Getty/ http://twistedsifter.com Getty/ http://twistedsifter.com

morreu o rei, viva o rei!

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Tenho o maior respeito por Eusébio e pelos seus feitos. Mas os telejornais, os jornais, a rádio, as redes sociais, os jornais online só vivem desde ontem para Eusébio depois de morto. Não será um bocadinho demais? E dos vivos? Quem cuida deles, quem se importa com eles, quem lhes dá uma mão?  Todos os dias morre gente por obra e graça da dieta austeritária que nos enfiam pelas goelas. E se afinássemos todos a garganta, em uníssono, para espantar os espectros que nos ensombram os dias, dia e noite? Fechem-se as portas. Afugente-se o coelho. Sem dar cavaco, façamos de coveiros deste desgoverno moribundo. Choremos Eusébio. Mas choremos também o luto no coração dos milhões de portugueses que, desempregados, empobrecidos, humilhados, padecem às garras e nos dentes dos lobos esfaimados por dinheiro e sangue.

eles têm o poder, nós temos a razão

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Ângelo Lucas/ http://www.dinheirovivo.pt Por Baptista-Bastos http://www.jornaldenegocios.pt Não sei se era velho. Sei, isso sei, que estávamos cansados dele e do que para nós representou de fome, de desemprego, de miséria, de desespero sem fim, de mentiras e de embustes. Se não houver alterações substanciais, este, que chegou, será mais e pior do mesmo. Portugal parece alheado: andou numa fona de gastos, e a correria às compras deu a ideia de que a normalidade era a regra. A alegoria segundo a qual os bárbaros estão às portas de Bizâncio e os bizantinos discutem o sexo dos anjos, reformula, uma vez mais, a imperdoável e sempre repetida negligência dos caracteres. 2013 foi o que foi porque o permitimos. 2014 adivinha-se o que será e nós andamos às compras. Informam graves estudos de que, a partir de agora, desempregados com 40/45 anos nunca mais encontrarão ocupações. Os celtas antigos atiravam os velhos das falésias, por inúteis; os modernos matam-nos de modo mais sofist