Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro 15, 2013

plano B: governo vai fazer de advogadas!

Imagem
Por Ferreira Fernandes http://www.dn.pt Neste Governo, minirremodelação é pleonasmo. Ninguém espera que saia grande coisa de um buraquito. Mas anunciada uma mini junto ao chumbo do Tribunal Constitucional parece termos um grande problema. Calma: há um plano B! Embora este seja outro pleonasmo: com este Governo, o plano é sempre B, deve saltar-se o A. Nos Conselhos de Ministros, quando um ministro diz "chefe, tenho uma ideia!", Passos Coelho devia dizer: "Deixa cair essa, diz-me lá a seguinte." É, o nosso sonho era ter um Governo q.b., de medida certa, mas calhou-nos um Governo Pb, símbolo de plumbum, chumbo. O chumbo é um metal tóxico, pesado e maleável. Confere. E mau condutor de eletricidade (olha, vender a EDP deve ter sido a sua única medida certa...) Enfim, este é um Governo chumbado a zagalote do TC, mas, felizmente, há um plano B: fazer um vídeo. O enredo já meio Portugal conhece, há só que mudar as personagens. Aparece uma ministra que tenhamos lour

A troika vai nua

Imagem
Por Fernando Dacosta http://www.ionline.pt Na passada semana, num debate televisivo sobre economia, finanças, política, etc., ouviu-se a certa altura um dos intervenientes dizer que devíamos demandar judicialmente (no Tribunal Internacional de Justiça) o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu por haverem conduzido Portugal à ruína, consequência de o terem feito com a subserviência (activa) do governo, cobaia de experiências sociais infamantes. Esse interveniente - Eduardo Paz Ferreira, prestigiado catedrático, fiscalista, ensaísta, comunicador (andou por jornais na década de 70) - perturbou assim a compostura reinante com a sarcástica ironia que o caracteriza. Açoriano, tornou-se há muito um dos mais contundentes pensadores/comentadores da realidade portuguesa. Através das suas palavras, algo de novo, de dignificante, foi dito, subvertendo o discurso que velhacamente nos tem narcotizado. Isso sucedeu precisamente na altura em que se soube que o "in

o garnisé aporrinhado e outras aves empoleiradas

Imagem
Um bando de franganotes, dos mais fracotes que há, é o que sempre me parece o friso frontal do PS no Parlamento. Então, quando Seguro discorre, no seu jeito infeliz de menino da lágrima, a analogia salta-me à moleirinha com desusada clarividência. Até Soares, nos seus frescos 89 anos, faz mais mossa aos galaréus no poleiro do que o pintainho de aviário concebido, com pecado, no ninho da jota. Fosse ele, Soares, o secretário-geral do PS e outro galo cantaria, não mais piaria esse garnisé assustadiço a quem o medo de ir para a panela, antes de ver o fundo ao tacho e de repartir tacho a tacho, lhe tolhe a asinha que não voa, lhe esmorece e cai no mar, lá diz o fado mas mal fadados andamos nós, mal fadados e mal pagos, toma lá milho, dá cá os ovos d'ouro enquanto a galinha o pernil não estica ou, então, revoltada nos debica. Faltam-nos capões na capoeira.  Sobram-nos galinholas.

os ricos que façam filhos!

Imagem
Volta não volta, os nossos desgovernantes mostram-se muito preocupados com a baixa natalidade em Portugal, com a falta de escravos que, um belo dia, deixarão de existir para os sustentar, a eles e aos da sua laia. Ora eu pergunto: com recém-licenciados sem trabalho ou, quanto muito e viva o velho!, a ganhar 500, 600 ou - se o patrão, num arrobo de generosidade, estiver para aí virado - a ucharia de 700 euros, como é que querem que esses jovens constituam família? Já lá vai o tempo de amor e uma cabana, senhores! Por isso vos deixo aqui um conselho, dado de boa vontade: deixem de nos fornicar a nós, forniquem entre vocês, façam filhos, procriem como Deus manda e os bichinhos gostam. Não nos fodam é, a nós, nem o juízo nem as vidas.

resistir é uma forma de combater

Imagem
Miguel Queirós Pinto,  http://olhares.sapo.pt Por Baptista-Bastos http://www.jornaldenegocios.pt João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio, diz que falar com a troika não vale nada. É pelo menos estranho que só agora ele se tenha dado conta da inutilidade das reuniões. Vieira Lopes é "um homem que veio da luta" (como se dizia ainda não há muito tempo), caldeado em convicções de que, depois abandonou, mudando de carril. Isto para salientar a sua particular experiência política. O que esta gente da troika, com a aquiescência governamental e patronal, nos tem feito é de bradar aos céus. O movimento opinativo sobre os malefícios da troika avolumou-se nos últimos tempos, exactamente quando o trio se prepara para abandonar Portugal. Assistimos, tão impávidos quanto a nossa moleza de espírito o permite, às decisões mais atrozes que uns funcionários do capitalismo europeu nos aplicaram, por ordem dos bancos e das grandes multinacionais. Passos Coelho, sempr

os novos "mestres pensadores"

Imagem
Por Tomás Vasques http://www.ionline.pt/ Dizem-nos os novos "mestres pensadores" - usando uma designação feliz de André Glucksmann -, gente muito chegada às "tramitações financeiras", aos "equilíbrios orçamentais" e às alcatifas que o poder político ou económico lhes estende, que esta realidade social, que antes era residual, e hoje se generaliza, levando para a miséria grande parte da classe média, é o resultado "inevitável" de um "ajustamento necessário à nossa sobrevivência". Às vezes, mais eufóricos, usando palavreado mais "culto", informam-nos, com ar sério, que se trata de um "novo paradigma " da sociedade do futuro, ao qual não há volta a dar: há que trabalhar mais horas, ganhar muito menos salário, ter menos direitos laborais, e menos "protecção" do Estado (como se o Estado fosse deles) na Saúde, na Educação e na Segurança Social. Eles - os novos "mestres pensadores" - omitem, sem

a comunicação social está a morrer

Imagem
Por Mário Soares http://www.dn.pt A comunicação social, tal como a entendíamos no passado, praticamente deixou de interessar. Os jornais vendem cada vez menos. As televisões também sofrem a concorrência da internet, onde, através das redes sociais, as notícias vão chegando, com custos mais acessíveis aos que têm pouco - ou mesmo nada - para gastar. A crise financeira e a globalização, tão elogiada há algum tempo, praticamente deixaram de interessar. Os jornais são cada vez menos lidos porque não falam do que a maioria das pessoas quer saber. E as televisões menos vistas e ouvidas pela mesma razão. Os jornalistas, cada vez mais dependentes dos patrões, deixaram de dizer o que pensam - como antes faziam - para agradar ao que julgo pensam os patrões. E o público, cada vez mais empobrecido com a crise, não tem interesse em comprar os jornais que mal escrevem aquilo que querem saber... É um círculo vicioso que não interessa a ninguém. Nos últimos anos, os jornais e as r

obrigado, dr. coelho, pelo Natal que não temos e pelo próspero ano novo que não teremos

Imagem
Obrigado, Dr. Coelho. Pelos  despedimentos, reduções salariais, colossais aumentos de impostos. Pelos cortes na Saúde, na Educação, nas Reformas. Pela angústia do presente e a incerteza do futuro. Obrigado pelo Natal que deixámos de ter e pelo Novo Ano que tememos viver. Por tudo o que nos deste, pobreza, emigração, suicídios, raiva, indignação, tristeza, por tudo isto e muito mais que ainda nos tens para dar, obrigado. Muito obrigado! Todas as fotografias foram recolhidas em:  http://www.boredpanda.com