vendam-se as cidades, acabe-se com isto
Privatizem-se as cidades e o Estado arrecadará massa que nunca mais acaba. Isso sim, era revolucionário, Portugal seria o grande precursor de uma nova maneira de gerir municípios e de fazer dinheiro, montes de dinheiro. Entreguem-se as câmaras, mediante uma choruda quantia, claro está, a privados. Que administrarão os municípios como se fossem empresas. Afinal de contas, não são os neoliberais que passam a vida a dizer-nos, ad nauseam , que os privados são melhores gestores do que o Estado? Claro que teríamos que pagar mais impostos, mais taxas, mais emolumentos, se calhar pagar o direito a atravessar a rua, deitar lixo no contentor, passear nos jardins, tomar banho numa praia, mas, caramba!, também não se pode ter tudo. O Estado tem uma dívida enorme (que, segundo eles dizem, fomos nós que fizemos). Pois então que a paguem à nossa custa. Às nossas custas. Vendam estradas, vendam cidades, vendam a água, vendam o ar, quanto mais puro mais caro, até o Sol se for preciso, quanto mais...